Diminuição de preços vale a partir de segunda-feira e agradou a manifestantes.
Vitória dos caminhoneiros e de outras categorias dos profissinais da boleia. A partir de segunda-feira, 21, o preço dos combustíveis vendidos pela estatal paraguai Petropar vão baixar e, com isso, volta a paz à estradas.
Os manifestantes, ainda na sexta-feira, começaram a desbloquear algumas rodovias. Isso aconteceu, inicialmente, na Ponte da Amizade, liberada enquanto era aguardada uma novidade de Assunção, que chegou ainda ontem.
A redução nos preços é de 1.000 guaranis no litro de óleo diesel (R$ 0,72) e de 800 guaranis na gasolina de 93 octanas, a mais vendida (queda equivalente a R$ 0,58). Mas os novos preços só valem para os postos da estatal, e não de empresas privadas.
Apelar para a Petropar foi a única solução encontrada pelo governo paraguaio, depois que o projeto de criação de um fundo para manutenção dos preços dos combustíveis não teve apoio no Congresso e sequer houve quórum, na quinta e na sexta-feira, para ser apreciado e discutido.
O presidente da União dos Sindicatos da Produção, Héctor Cristaldo, disse que, “para um amplo setor, a nova medida (diminuição dos preços) vai facilitar muitas coisas, mas é apenas uma descompressão da crise social. Agora é o momento de sentar-se para corrigir as causas do problema”, afirmou, de acordo com o jornal La Nación.
COMPENSAÇÃO
Pela proposta do governo, a Petropar será compensada com a redução dos preços de venda do diesel e da gasolina de 93 octanas, para não sofrer prejuízos, informa a agência IP.
Numa primeira medida, a compensação será via eliminação dos impostos que a estatal paga ao fisco. Esgotada esta fonte de financiamento, será analisado o uso de recursos do Tesouro, de acordo com o ministro da Fazenda, Oscar Llamosas.
A Petropar conta, no momento, com um estoque disponíveis para cerca de quatro meses, e aguarda a chegada de uma nova importação na primeira semana de abril.
O jornal Última Hora informou que o Estado deixará de arrecadar, ao abrir mão dos impostos da Petropar,12 bilhões de guaranis por mês, ou mais de R$ 8,6 milhões.
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