Menos de 30% dos presos foram julgados, informa o próprio Ministério da Justiça do Paraguai.
Um informe divulgado pelo Ministério da Justiça do Paraguai revela que apenas 28,63% dos homens que estavam presos no Paraguai, no ano passado, já haviam sido julgados. Os restantes 71,37% estavam com prisão preventiva, noticiou o jornal Última Hora.
Entre as mulheres presas, o índice de condenadas é maior – 60,10%. Elas representam 5,9% da população carcerária, que somava 15.090 pessoas no final de 2021.
O vice-ministro da Justiça, Rubén Maciel, explicou ao jornal Última Hora que o menor número de presas preventivamente significa que “os juízes aplicam menos prisão preventiva para as mulheres ou lhes condedem medidas alternativas à prisão”.
No informe, o Ministério da Justiça reconhece que, com mais de 70% de toda a população carcerária sem julgamento, o Paraguai fica em primeiro lugar entre os países da América do Sul “com maior número de presos preventivamente na sua população penitenciária”.
MAIS PRESOS
O crescimento da população carcerária foi “gradual e sustentável” ao longo de 2021, subindo de 13.829 presos no início do ano para 10.090 no final.
O Paraguai tem 18 penitenciárias, 15 para regime fechado e três para semi-aberto.
Oito prisões são exclusivas para homens, quatro para mulheres e seis são mistas, com pavilhões especiais para mulheres.
Das 18 penitenciárias, como destaca o Última Hora, 11 têm taxas de ocupação superiores a 120%, “o que implica em superpopulação crítica”, conforme o Ministério da Justiça. Já as prisões exclusivas para mulheres têm taxa de ocupação baixa, de 76%.
condenados.
A penitenicária mais populosa é Tacumbú, com 2.156 internos, seguida dala Penitenciária Regional de Coronel Oviedo, com 1.580; Misiones, com 1.489; Encarnación, com 1.408; “Padre Antonio de La Vega”, em Emboscada, con 1.404; e a antiga prisão de Emboscada, con 1.354 presos.
A PIOR DO MUNDO
Tacumbú foi apresentada num dos episódios da série “Por dentro das prisões mais severas do mundo”, apresentada pelo jornalista britânico Raphael Rowe.
Ele passou alguns dias na pele de um detento de Tacumbú, como fez em outras prisões ao redor do mundo, e classificou-a como “a prisão mais perigosa da Terra”.
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