Presidente do Paraguai fala sobre novo anexo do Tratado de Itaipu

De acordo com Santiago Peña, nova versão do Anexo C, documento que define as bases financeiras da usina, será assinada até maio.

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, disse que está próxima a assinatura da nova versão do Anexo C do Tratado de Itaipu. O documento define as bases financeiras para o funcionamento da hidrelétrica binacional do Rio Paraná.

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Nessa sexta-feira (21), Peña recebeu o ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, e a embaixatriz Maria Laura da Rocha, do Itamaraty. O encontro ocorreu na capital paraguaia, Assunção, com a participação de ministros do país anfitrião.

De acordo com Peña, houve avanços nas conversações bilaterais, e a versão definitiva do texto do novo Anexo C do Tratado de Itaipu deverá estar concluída até maio.

O governo do Paraguai espera, inclusive, que o documento possa ser assinado durante evento inicialmente marcado para 30 de maio.

“O encontro dessa sexta foi um passo crucial nas negociações bilaterais, reafirmando o compromisso com o desenvolvimento e a cooperação energética”, escreveu o gabinete da Presidência da República do Paraguai, na rede social X.

Anexo C do Tratado de Itaipu

Assinado em 1973, o Tratado de Itaipu previa que o Anexo C passaria por renegociações em 2023, no 50.º aniversário do acordo. Até 2023, a dívida da usina já estaria completamente quitada, o que de fato ocorreu.

As conversas para a renegociação começaram em 2022, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro no Brasil. Em 2023, novos presidentes tomaram posse no Brasil (Lula) e no Paraguai (Santiago Peña), alterando o direcionamento das conversações.

Sem prejuízos à operação

Mesmo sem a versão atualizada do Anexo C, Itaipu continua funcionando normalmente, sem prejuízos à operação. As novas regras ajudarão a definir o futuro da hidrelétrica do Rio Paraná, que pertence aos dois países.

Ao Paraguai, interessa ampliar os benefícios obtidos pelo país com a venda da energia excedente ao Brasil. Por outro lado, o governo brasileiro manifestou como prioridade a obtenção de tarifas menores.

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