Militar curitibano é vítima de golpe em loja de Ciudad del Este

A loja, onde ele foi levado por um “pirañita”, cobrou quase R$ 1 mil a mais no cartão de crédito dele.

A loja, onde ele foi levado por um “pirañita”, cobrou quase R$ 1 mil a mais no cartão de crédito dele.

Mais uma denúncia de consumidor brasileiro lesado por comerciantes de Ciudad del Este.

A última vítima é um militar aposentado, morador em Curitiba, que foi levado a uma loja por um falso guia comercial, aqueles que são chamados no Paraguai de “pirañitas”.

Nesta quarta-feira (2) pela manhã, depois de abordado pelo “guia” no lado brasileiro da Ponte da Amizade, ele foi levado até uma loja chamada “Cheia de Charmes”, situada na Rua Camino Recalde, conforme noticia o jornal La Clave.

O militar adquiriu um iPhone 8 Plus de 64 GB, por R$ 2.300,00; um receptor da marca marca Xiaomi, por R$ 700,00; uma caixa de som, por R$ 350,00; e um secador de cabelo, por R$ 350,00. No total, a compra somou R$ 3.470,00.

O vendedor disse ao curitibano que, se a compra fosse paga com cartão de crédito, ele teria um desconto. Ele concordou. No entanto, foram debitados de sua conta R$ 4.456,00, isto é, R$ 986,00 a mais.

Mais tarde, o militar se apercebeu do que tinha acontecido e voltou à loja “Cheia de Charme” para reclamar, mas não teve qualquer resposta.

Em vista disso, fez a denúncia ao Departamento de Segurança Turística e uma comitiva da Defesa do Consumidor interveio na loja, mas o caso pode ter se resumido a uma denúncia ao Ministério Público.

Na página do Facebook da Defensa del consumidor de Ciudad del Este não há qualquer informação sobre a atuação em lojas fraudulentas. A última notícia é de 16 de novembro do ano passado.

E NADA ACONTECE?

Ficam agora duas questões, não abordadas pelo jornal La Clave: a Prefeitura de Ciudad del Este e autoridades policiais haviam se comprometido a acabar com a atuação dos “pirañitas”, inclusive com punições aos lojistas que se utilizam do “serviço” deles.

A outra questão é: são tão frequentes os golpes contra turistas brasileiros que deveria haver uma atuação mais rigorosa por parte das autoridades. Não basta fechar a loja que frauda o comprador, mas sim impedir o proprietário de abrir outro comércio, em outro local, para continuar aplicando golpes.

Quanto ao comprador, evite cair no golpe dos pirañitas, que normalmente abordam o incauto turista com a famosa frase “Que procura, patrón?”, ou “Que procura, amigo?”. De amigos, eles nada têm.

RECOMENDAÇÕES

Para encerrar, veja (e repasse ao visitante quando for possível) as recomendações do blog Compras Paraguai sobre lojas não confiáveis e a atuação dos falsos guias de compras:

Alguém te aborda perguntando o que está buscando;

O homem leva você até uma loja (quase sempre de pequeno porte e que vende eletrônicos em geral). Estas lojas seguem o mesmo padrão;

Esta loja pode ter o nome e/ou logo parecido com alguma loja ou site conhecido, como por exemplo Cell, Elegância, Compras Paraguai, Mercado Livre, ou mesmo ter o nome de uma marca famosa como Sony, Apple, etc. Até mesmo uma mistura de alguns destes nomes/logos é comum.

A pessoa apresenta o vendedor da loja e fala o que você procura, afirmando que naquela loja “tem o melhor preço do Paraguai” ou que “está no lugar certo”;

O modo como passam os preços e mostram os produtos é confuso e podem usar de diversas estratégias para te vender, diferentemente de uma loja de renome. Os vendedores tendem a pressionar e forçar a venda, podendo baixar muito o preço e ter ou não de repente o produto em estoque. Também costumam oferecer produtos similares;

Se a loja usa o nome parecido com algum de renome, se passam por esta loja/site/marca na cara dura, falando que são a própria loja ou site ou representantes oficiais da marca;

Os vendedores agem muito de acordo com o grau de “inocência” ou desconhecimento da pessoa. O “guia” que levou espera, ansiosamente, para ver se você irá realizar a compra;

Se você efetivar a compra, o “guia” normalmente recebe uma comissão da loja por ter levado você até lá;

Normalmente estas lojas não têm balcão de testes como as lojas maiores. Muitas vezes ao comprar e dar problema, agem sem se importar muito com o cliente e não querem resolver;

Em alguns casos, se não comprar nada, os “guias” de rua do Paraguai também pedem algum dinheiro de você pelo “favor” de ter te levado até um lugar com o melhor preço.

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