Fim do pesadelo. Brasileira sequestrada no Paraguai está em casa

Ela foi resgatada na terça-feira, 17, numa operação policial. Quatro sequestradores estão presos.

Não foi muito difícil para a polícia paraguaia encontrar o cativeiro da brasileira Sandra Cristina Maceda Rubert, sequestrada no sábado (14).

Os sequestradores cometeram vários erros, segundo a promotora Zunilda Ocampos, que acompanhou a operação de resgate.

E o maior erro foi usar sempre o mesmo celular para conversar com a família da vítima. Foi possível, assim, descobrir de onde vinham as chamadas – era de uma reserva florestal mantida pela Itaipu Binacional na Colônia Guaraní del Este, como noticia o jornal Última Hora.

E o jornal ABC Color acrescenta que a reserva fica a apenas um quilômetro e meio da residência de Sandra. Mas em linha reta, porque para chegar ao local é preciso andar uns 30 km.

O RESGATE

Nesta terça-feira, 17, um grupo tático da polícia entrou na mata e localizou o cativeiro, depois de capturar o homem que fazia contato com a família, no momento em que ela saía para fazer uma nova chamada.

A polícia então invadiu o cativeiro e resgatou Sandra. Houve troca de tiros com os sequestradores, mas ninguém ficou ferido.

Houve tiros, mas ninguém ficou ferido.

Quatro pessoas, que seriam de uma mesma família, foram detidas: Germán Barreto González (era ele que ligava para a família de Sandra pedindo o resgate), Reinaldo Barreto, Hernán Barreto e Blanca González.

Segundo o Última Hora, um quinto integrante do grupo conseguiu fugir.

De acordo com a promotora, nenhum deles tem antecedentes criminais. Os sequestradores vão responder por sequestro, associação criminosa, extorsão grave e coação, sujeitando-se a 30 anos de prisão, destacou Zunilda Ocampos.

Ela explicou que, apesar dos riscos, a família de Sandra havia autorizado a operação policial, depois que as autoridades explicarem que temiam o traslado de sequestradores e vítima para o Brasil.

Além disso, a polícia sabia que, na noite de segunda-feira, à noite os sequestradores iriam tornar a ligar pedindo dinheiro e estabelecendo um prazo para pagamento.

AMEAÇAS

A operação de resgate foi rápida. E Sandra foi levada para a casa da família. Foto Polícia Nacional, publicada no Última Hora

Aos policiais que a resgataram, Sandra contou que era ameaçada de morte todo o tempo, se a família não pagasse o resgate, inicialmente de US$ 250 mil (R$ 1,6 milhão), depois reduzido a US$ 200 mil.

Sandra não estava amarrada nem vendada, mas disse que era vigiada por uma pessoa que usava balaclava (espécie de gorro que cobre até o pescoço, deixando os olhos livres) e por um menor de idade.

Ao contrário do que se suspeitava inicialmente, os sequestradores não eram brasileiros, mas paraguaios.

A polícia suspeita, segundo o ABC Color, que os criminosos faziam a passagem de mercadorias entre o Paraguai e o Brasil, mas decidiram mudar de atividade devido às fiscalizações mais rigorosas feitas por autoridades brasileiras nas margens do Rio Paraná.

O sequestro parecia ser um delito fácil de se cometer. Mas expõe os sequestradores, agora, aos crimes de sequestro, associação criminosa, extorsão grave e coação, sujeitando-se a 30 anos de prisão.

O SEQUESTRO

Sandra foi sequestrada na tarde de sábado, depois de sair de sua casa, na colônia General Días, município de Mbaracayú (a 70 km de Ciudad del Este) para uma caminhada nas imediações.

Como ela demorava para voltar, os familiares comunicaram a polícia o desaparecimento dela.

Veja o vídeo da operação-resgate:

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