A seca histórica no Pantanal, com a consequente redução na vazão do Rio Paraguai, está gerando preocupação nos exportadores e importadores paraguaios que utilizam a hidrovia como rota para o escoamento de produtos.
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O baixo volume de água em locais como os portos da região de Assunção acendeu o alerta na Direção Nacional de Ingressos Tributários (DNIT), responsável pela tributação das mercadorias que chegam ou deixam o país.
“O rio está afetando a importação. Embora o impacto ainda não seja crítico, é preocupante, porque provavelmente isso afetará o comércio, no sentido de aumentar o custo do frete”, avaliou o diretor da DNIT, Óscar Orué, citado pelo jornal La Nación.
À mesma fonte, Miguel Tolces, porta-voz da Câmara de Comerciantes Atacadistas e Varejistas do Paraguai (Compar), expressou que os empresários estão “segurando até o último momento” eventuais reajustes nos preços.
“Além da navegabilidade do rio, que traz complicações logísticas e encarece os fretes, há também a instabilidade do dólar, que faz com que seja difícil para os fornecedores e para os importadores a questão dos preços”, detalhou.
Já Raúl Valdez, presidente do Centro de Estivadores Fluviais e Marítimos (Cacym), estimou em “10% a 15%” o aumento atual do frete, provocado pela redução da capacidade de transporte das embarcações.
Além do nível crítico do Rio Paraguai, a outra grande via fluvial do país, o Rio Paraná, também está com vazão abaixo da projetada para o período, o que já afeta parte da navegação no trecho em que o Paranazão marca a fronteira com a Argentina.
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