Espionagem: Brasil entregará ao Paraguai resultados de investigação

Ministros das Relações Exteriores dos dois países tiveram encontro na última sexta-feira (11); negociações sobre Itaipu seguem paralisadas.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, teve um encontro, na última sexta-feira (11), com seu colega do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano. A reunião ocorreu em Buenos Aires (Argentina), após compromissos mantidos no âmbito do Mercosul.

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A pauta da conversa bilateral, conforme o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai, girou em torno das denúncias de espionagem brasileira a autoridades do país.

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Em comunicado emitido depois do diálogo, a chancelaria paraguaia disse que o Brasil entregará ao Paraguai um relatório com a investigação sobre o caso.

“O Brasil está em processo de ampla investigação para esclarecer os graves fatos ocorridos entre junho de 2022 e março de 2023, aguardando os resultados”, diz o comunicado.

“Os dois chanceleres coincidiram na importância de reorientar os vínculos bilaterais mediante princípios e valores que regem as relações entre Estados, bem como encontrar soluções que permitam continuar avançando nos importantes temas da agenda bilateral”, frisa o texto.

Espionagem ao Paraguai

De acordo com reportagem do portal UOL, publicada no dia 31 de março, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria monitorado autoridades do Paraguai.

A espionagem, iniciada enquanto Jair Bolsonaro presidia o Brasil e Mario Abdo Benítez comandava o Paraguai, durou até março de 2023. Na ocasião, o novo diretor da Abin, nomeado por Lula, teria tomado conhecimento do fato e interrompido a operação.

Já o atual presidente paraguaio, Santiago Peña, tomou posse em agosto de 2023. À imprensa local, Peña disse não ter recebido relatórios de seu antecessor sobre vazamento de informações.

Em paralelo, o Senado do Paraguai aprovou pedido para a criação de uma comissão conjunta com a Câmara dos Deputados para investigar o caso.

As negociações sobre o novo Anexo C do Tratado de Itaipu seguem paralisadas. A previsão inicial era que o documento, que regulamenta as bases financeiras da usina, seria finalizado ainda no primeiro semestre.

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