O comércio bilateral entre Brasil e Paraguai cresceu 9,8% em 2024, na comparação com os números de 2023. O balanço é da Câmara de Comércio Paraguai–Brasil (CCPB).
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De acordo com a CCPB, em números brutos, as transações chegaram a US$ 7,3 bilhões (cerca de R$ 44 bilhões). Tal volume é o maior dos últimos dez anos, superando o recorde de US$ 7,1 bilhões, registrado em 2022.
Conforme os dados, as exportações do Paraguai para o Brasil cresceram 19,2% em 2024, totalizando US$ 3,5 bilhões (R$ 21 bilhões). Os principais produtos foram energia elétrica, milho, arroz, soja, equipamentos industriais e carne.
Já os mais de US$ 3,7 bilhões vendidos pelo Brasil ao Paraguai significaram alta de 2,3% na comparação com 2023. Adubos e fertilizantes, maquinário para indústria e máquinas agrícolas, bem como bebidas alcoólicas e veículos, lideram a lista.
O saldo das transações bilaterais, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) do Brasil, é favorável em US$ 234 milhões (R$ 1,4 bilhão) para os exportadores brasileiros.
Principal parceiro do Paraguai
O Brasil é o principal parceiro comercial do país vizinho, tanto em termos de importações como de exportações. O Mercosul é um importante fator de integração entre as economias.
Muitos dos investimentos industriais no Paraguai, inclusive, têm como base capital brasileiro. O objetivo é fabricar, em território paraguaio, itens para a venda final ao consumidor ou para a complementação das cadeias de produção.
A região de Ciudad del Este recebe a maior parte dos projetos industriais de maquila, regime especial criado pelo governo do país. Tal sistema possibilita a montagem e a finalização de produtos fabricados com matérias-primas vindas de outros países.
A abertura da Ponte da Integração Brasil–Paraguai, prevista para 2025, é vista como um importante instrumento para dinamizar as transações comerciais entre os dois países.
