
Nascido na Andaluzia (Sul da Espanha), em 1952, o cardeal Cristóbal López Romero tem dupla nacionalidade, espanhol e paraguaio. O religioso de 72 anos aparece, em listas internacionais, como um dos nomes cotados no conclave para a sucessão de Francisco.
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No Brasil, por exemplo, López Romero figura em uma lista elaborada pelo jornal O Estado de São Paulo. Na Europa, veículos de comunicação de países como Itália e Espanha também fazem menções ao cardeal.
Cristóbal López, cardenal arzobispo de Rabat, sobre que su nombre suene como "papable": "Como dijo otro cardenal cuando le preguntaron si podía ser papa: 'Sí, papa frita'."#FuneralpapaRTVEhttps://t.co/KTeo3sszp8 pic.twitter.com/ct9VJl347K
— RTVE Noticias (@rtvenoticias) April 26, 2025
Europeu, Cristóbal López Romero fez carreira na América do Sul e está, atualmente, na África, onde exerce o posto de arcebispo de Rabat (Marrocos). Seu trabalho é reconhecido, entre outros pontos, pelo bom diálogo com os fiéis das demais religiões.
A opção pela nacionalidade paraguaia ocorreu devido à afeição pelo país, no qual exerceu diversas funções no período entre 1986 e 2003.
Em entrevista ao canal público RTVE, da Espanha, Cristóbal López descartou ter ambição de ser papa e brincou com as citações a seu nome.
“Como disse outro cardeal quando lhe perguntaram se poderia ser papa: ‘Sim, papa frita‘”, gracejou o arcebispo, em trocadilho com batata (papa, em espanhol).
Responsabilidade da função de papa
“A responsabilidade que recai sobre uma única pessoa com a função de papa ultrapassa qualquer um. Portanto, pretender isso significa ou estar mal da cabeça, ou estar mal do coração, além de ter ambições e pretensões de poder”, avaliou Cristóbal López.
“A atitude de querer ser papa não existe entre os cardeais, embora muita gente não acredite […] Entretanto, se a igreja pedir, se os irmãos cardeais decidirem, não se pode dizer que não se está disponível”, complementou.
“Mas o fato de que meu nome apareça por esses dias quer dizer que essa pesada responsabilidade não cairá sobre mim”, concluiu o religioso, considerando as especulações como sem fundamento.
Legado do papa Francisco
Já sobre o legado de Francisco, Cristóbal López avaliou que o pontífice argentino soube refrescar o espírito da Igreja Católica. “Ele nos refrescou e traduziu o evangelho para a linguagem comum de hoje em dia”, afirmou.
O cardeal espanhol-paraguaio disse crer que o futuro da fé está em uma igreja mais próxima ao povo e com diálogo inter-religioso. “Se eu escutar alguém propondo essas ideias [no conclave], estarei em sintonia com ele”, apontou.