O Banco Central do Paraguai (BCP) divulgou, nessa segunda-feira (30), suas projeções para a economia do país em 2025.
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Conforme o Relatório de Política Monetária, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 3,8% nos próximos 12 meses. Por outro lado, a taxa de inflação prevista para 2025 gira em torno de 3,5%.
O relatório do BCP estima que o novo ano será próspero para a indústria no Paraguai, com destaque para o setor de maquila (montagem e acabamento de produtos). A perspectiva para a indústria como um todo é de crescimento de 5%.
A autoridade monetária também cita cenário positivo para o comércio e os serviços, bem como para o setor financeiro.
Já as hidrelétricas binacionais de Itaipu (com o Brasil) e Yacyretá (com a Argentina) continuarão a ter forte impacto na economia do Paraguai. Como os pagamentos são em dólares, há tendência de aumento nos valores recebidos.
Pelos cálculos do BCP, as exportações paraguaias poderão crescer 3,5% em 2025, enquanto as importações deverão ter alta de 2,4%.
Fatores de risco para o Paraguai
Como principais fatores de risco para a economia do Paraguai, o Banco Central do país menciona instabilidades externas. O cenário mundial indica questões relacionadas ao protecionismo e à elevação das taxas de juros.
Por outro lado, fatores climáticos, como secas prolongadas na agricultura ou estiagem na hidrovia dos rios Paraná e Paraguai, também poderão ter impactos negativos na atividade econômica do país.
Internamente, as próximas eleições, de caráter municipal, estão marcadas apenas para 2026. A próxima eleição presidencial, por sua vez, acontecerá somente em 2028, o que garante uma certa estabilidade no panorama político do país.
Instabilidade econômica na região
Flutuações nos principais mercados da região, como Brasil e Argentina, poderão gerar reflexos no Paraguai, que tem os vizinhos como importantes parceiros comerciais.
Na Argentina, 2025 tende a ser um ano com agenda focada em reformas da economia local, capitaneadas pelo governo de Javier Milei.
No Brasil, o desafio imediato é conter a instabilidade que levou à desvalorização do real frente ao dólar, buscando o equilíbrio das contas públicas.