Angela Tischner | OPINIÃO
Enquanto você se prepara para dormir, talvez tenha a oportunidade de pedir à inteligência artificial para tocar uma música relaxante, ajustar a luminosidade e garantir um ambiente confortável. Mas, ao acordar, você busca algo muito mais essencial: o bem natural mais precioso deste planeta – a água! É com água que todo ser humano deveria garantir sua higiene, saúde e nutrição.
A água que você usa para lavar o rosto e a que sustenta as sementes que nos alimentam precisa ser preservada. E, para quem ainda não sabe, a produção de água está diretamente ligada à preservação das florestas, sendo que o equilíbrio entre fauna e flora é que garante a biodiversidade e manutenção delas.
Chegamos ao domínio da inteligência artificial, que nos ajuda a facilitar processos, sistemas e operações, mas nem a IA e nem a nossa inexorável evolução tecnológica serão suficientes para orientar o sentido das marés, as massas de ar, o curso de rios voadores ou a distribuição de água potável nos arredores do planeta, nem mesmo poderá polinizar as flores de culturas que garantem nossa alimentação. Também não será a IA capaz de conter enchentes ou incêndios, nem mesmo furacões ou granizos, pandemias ou guerras.
Nosso prazo está limitado. E a única saída é limitar nosso consumismo, nossa ganância e nossa ilusão em achar que sempre haverá uma solução pronta. Dessa vez, estamos extrapolando os limites planetários, intensificando as mudanças climáticas, aumentando a temperatura média do planeta e exaurindo biomas a um ponto de não retorno
Está na hora de acordar para a realidade!
Talvez a Alexa possa dar uma dica para hoje, mas a sua ação deve ser imediata.
A Natureza está em alerta.
Não se esqueça: apesar de tudo, você ainda é um animal vulnerável.
Talvez seus instintos lhe ajudem a despertar para o que realmente importa.
Angela Tischner é educadora ambiental, mestre em sustentabilidade, membro do CAFI-Coletivo Ambiental de Foz do Iguaçu.
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