Veja quem são os 26 bandidos mais procurados do Brasil

A maior parte dos criminosos tem atuação no Brasil e nos países do Mercosul.

A primeira lista dos bandidos mais procurados do Brasil, em avaliação feita pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, tem 26 nomes. Entre os criminosos, só há uma mulher, "Maria do Pó".

Quase todos eles têm atuação no Brasil e em países do Mercosul. A maioria foi condenada ou é suspeita de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As exceções são os milicianos Danilo Dias Lima, o “Tandera”, e Wellington da Silva Braga, o “Ecko”, que atuam no Rio de Janeiro

No link do Ministério da Justiça, onde estão os procurados, ao clicar na foto de cada um deles, aparece o nome completo e o crime pelo qual é procurado.

Alguns exemplos

Juvenal Laurindo, o "Carcará", por exemplo, participou do assalto ao Banco Central, em Fortaleza, e acumula condenações por receptação e formação de quadrilha. É suspeito ainda de ter cometido o roubo à maior mineradora de diamantes da América Latina, em Nordestina (BA), e de ter participado da explosão da lotérica do município de Independência (CE).

Luciano Castro de Oliveira, o "Zequinha", atua em todos os estados do Brasil e no Mercosul. É procurado por crimes contra o patrimônio, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Performance semelhante à de Willian Alves Moscardini, o "Baixinho", que também atua no Brasil inteiro e no Mercosul. No currículo, crimes contra o patrimônio (roubo de cargas), organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Sergio de Oliveira Silva, o "Serginho Boy", mesma área de atuação dos outros dois, procurado por crimes contra o patrimônio (traduzindo: roubos).

Álvaro Daniel Roberto, o "Caipira", é considerado um dos maiores traficantes do Brasil. Ele tinha ligações com Juan Carlos Abadia e o cartel do Vale do Norte, na Colômbia. Fazia parte do núcleo que trazia cocaína do Paraguai e da Bolívia ao Brasil. Era responsável pela distribuição da droga no estado de São Paulo.

No currículo dele no Ministério da Justiça, diz que ele foi preso em 2013, em Fortaleza, mas obteve transferência para Juiz de Fora (MG) e lá conseguiu prisão domiciliar. Pelo jeito, continuou agindo, mas não há esta informação.

Gilberto Aparecido dos Santos, o “Fuminho”, age no Brasil e no Mercosul. Currículo: tráfigo de drogas, crimes contra o patrimônio (de instituições financeiras e de grandes empresas de logística) e financiamento para fuga de líderes de organizações criminosas.

Valdeci Alves dos Santos,o “Colorido”, atua nas regiões Sudeste, Nordeste e países do Mercosul, com crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. É considerado um dos principais fornecedores de drogas para a região Sudeste. Pode estar na Bolívia.

Sergio Luiz de Freitas Filho tem múltiplos apelidos: o “Mijão, “Xixi”, “Filha”, “Wilian, “2x”. Atua no Sudeste e no Mercosul, com tráfico de drogas e, por consequência, organização criminosa e lavagem de dinheiro. É responsável pela logística do transporte de cocaína da Bolívia para o Brasil.

O ex-policial militar de Mato Grosso Fábio Costa foi alvo de uma operação que tinha como alvo o contrabando de cigarros e é investigado por atentar contra a casa de um policial rodoviário federal, em 2017, após a apreensão de uma carga de cigarros falsos avaliada em R$ 14 milhões.

Edvaldo Silva Santos, o "Patrão", é investigado por ser "um dos mentores da tentativa de roubo a avião de transporte de valores no aeroporto de Salgueiro (PE), em 2018".

Edvaldo Silva Santos, o "Patrão", é investigado por ser "um dos mentores da tentativa de roubo a avião de transporte de valores no aeroporto de Salgueiro (PE), em 2018".

E a Maria do Pó? Com atuação no Brasil inteiro e no Mercosul, é considerada a maior traficante de cocaína da região de Campinas. Abastece ainda favelas de São Paulo. E é suspeita de envolvimento no desaparecimento de 340 kg de cocaína do Instituto Médico Legal de Campinas.

Banco de nomes

A lista dos procurados foi elaborada pela Coordenação-Geral de Combate ao Crime Organizado da Diretoria de Operações da Secretaria de Operações Integradas – Seopi/MJSP.

O banco com os nomes, de acordo com o Ministério, "foi construído a partir de informações dos estados e também dados públicos, fornecidos pelo Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e teve como foco criminosos condenados por agirem em mais de um Estado".

"A análise seguiu 11 critérios, entre os quais estão a atuação interestadual e transnacional; rede de relacionamento; posição de liderança em organização criminosa violenta; capacidade financeira, entre outros", afirma a pasta.

Segundo o Ministério, "para a escolha dos nomes, foram ouvidos profissionais com experiência e atuação no enfrentamento a crimes violentos em diversas unidades federativas, além de agentes policiais estaduais e federal’. "É importante ressaltar que o projeto não leva em conta os criminosos com atuação local, bem como eventuais crimes que, embora graves, não possuam vínculo com organizações criminosas".

"A lista será atualizada mensalmente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e tem como objetivo contribuir com mais uma ferramenta na localização de criminosos para estados e DF", diz a pasta.

Pra perder o sono, veja quem são os "26 mais" procurados:

 

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