H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
Se você não acredita que o coronavírus é fatal e não tem cura, melhor nem ler o texto a seguir. Mas, se você quer ter uma noção do que representa a pandemia entre nós e nossa vizinhança, leia com atenção.
Não é para assustar, pra causar comoção. É pra tentar conscientizar aqueles que ainda não entenderam o risco que corremos ao não respeitar os protocolos mínimos de segurança sanitária.
Em Foz do Iguaçu, média diária aumenta
Poucos dias atrás, noticiamos que a curva da pandemia, em Foz do Iguaçu, parecia que finalmente estava se achatando. Agora, pelos números oficiais da Vigilância Epidemiológica, vê-se que o processo inverteu. A média diária de casos aumentou nas duas últimas semanas, em relação aos 14 dias anteriores.
Nos sete dias até a sexta-feira, 28, a média diária foi de 69 casos, superior à média registrada 14 dias atrás. A quinta-feira, 28, havia fechado com a média diária de 64,43 casos, também superior à média diária de 14 dias antes.
Foz do Iguaçu registrou dois óbitos em decorrência da Covid-19 entre quinta e sexta-feira (27 e 28 de agosto), totalizando 58 óbitos no município
Foz tem 4.867 casos confirmados, dos quais 4.557 recuperados (93,6% do total, um índice excepcionalmente alto). Morreram 58 pessoas e há 84 pacientes internados, dos quais 58 são casos confirmados em iguaçuenses e o restante ainda precisa ser confirmado ou são pacientes de outros municípios.
Dos 60 leitos de UTI existentes, 50 estão em uso (83,3%). Na enfermaria, estão em utilização 34 dos 64 leitos.
A letalidade da doença, em Foz, é de 1,19% em relação aos casos; no Paraná, de 2,54%; no Brasil, de 3,18%; e no mundo, de 3,4%.
A regional de Saúde de Foz do Iguaçu saiu do estado de emergência, já que o número de casos não atinge a metade da incidência no Estado.
Mas a regional permanece em segundo lugar em casos confirmados a cada 100 mil habitantes (1.582), atrás apenas da regional de Paranaguá (1.694), única em estado de emergência. No Paraná, são 1.095 casos confirmados a cada 100 mil moradores. No Brasil, 1.731.
Em mortes, a regional de Foz está em 11º lugar (20 a cada 100 mil habitantes). O estado de alerta, em que está a regional, é quando o local está abaixo da incidência no Estado (27,5 mortes a cada 100 mil).
O estado de atenção é quando os casos estão entre 50% e a incidência estadual; e emergência, quando são 50% a mais do que a incidência no Paraná todo. Só a regional metropolitana está em emergência, com 43,8 casos a cada 100 mil moradores.
Paaná com média móvel em queda, em casos e mortes
A média móvel de casos e mortes, no Paraná, diminuiu nos últimos sete dias contados até sexta-feira, 8. Em casos, a média móvel foi de 1.752, ou 4,2% menos que há 14 dias. Já em mortes (30 na média diária), a redução foi de 37% na comparação com 14 dias atrás.
Mesmo assim, o Paraná registrou um número recorde de novos casos, na sexta-feira – 2.866 -, além de mais 41 mortes.
Agora, há no Estado 125.601 casos confirmados e 3.155 mortes pela covid-19. Do total de casos, 85.464 são recuperados (68% do total). Os óbitos representam 2,5% dos casos (ante 3,1% da média brasileira).
Há 1.180 pacientes com diagnóstico confirmado internados. São 924 pacientes em leitos SUS (424 em UTI e 500 em leitos clínicos/enfermaria) e 256 na rede particular (89 em UTI e 167 em leitos clínicos/enfermaria).
Há outros 1.035 pacientes internados, 456 em leitos UTI e 579 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo vírus Sars-CoV-2.
Brasil deve atingir hoje 120 mil mortes
A atualização do Ministério da Saúde divulgada na noite desta sexta-feira (28) trouxe 855 mortes registradas nas últimas 24 horas, informa a Agência Brasil. Com isso, o total de óbitos por covid-19 chegou a 119.504. Há ainda 2.708 mortes em investigação.
Pelo balanço do ministério, as secretarias estaduais de Saúde acrescentaram às estatísticas 43.412 novos casos de covid-19. Com isso, o total de pessoas infectadas desde o início da pandemia atingiu 3.804.803.
Ainda de acordo com a atualização, 708.503 pessoas estão em acompanhamento e outras 2.976.796 já se recuperaram. O índice de recuperação, portanto, é de 78,3%, superior ao paranaense.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 3,1%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 56,9. A incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes é de 1.810,5.
Covid-19 nos estados
Os estados com mais mortes foram São Paulo (29.694), Rio de Janeiro (15.859), Ceará (8.376), Pernambuco (7.512) e Pará (6.106).
As unidades da Federação com menos óbitos até o momento são Roraima (587), Acre (608), Tocantins (649), Amapá (657) e Mato Grosso do Sul (823).
Paraguai com números crescentes
O Ministério de Saúde Pública do Paraguai informa que o país tem 15.290 casos confirmados de covid-19, dos quais 6.677 ativos e 8.348 recuperados (54,5% do total). Houve 265 mortes desde o início da pandemia.
Há 338 pacientes internados, dos quais 76 em UTIs. Todos os números referentes à covid-19, no Paraguai, estão em alta. O único indicador que caiu um pouco foi o de recuperação, que antes era de 55,5% do total.
O ministro de Saúde Pública do Paraguai, Julio Mazzoleni, praticamente descartou uma mudança nas fases da quarentena inteligente, devido ao aumento generalizado de casos.
Segundo ele, o país está entrando “numa fase difícil” da luta contra a covid-19. Por isso, recomendou que as pessoas vulneráveis fiquem em casa, se isso for possível, embora lembre que os jovens podem ser o veículo do vírus nas famílias.
Em relação às fronteiras, acabou a polêmica no Paraguai. O governo brasileiro decidiu prorrogar o fechamento das fronteiras por mais 30 dias, a contar de 26 de agosto. Até lá, não se discute mais a reabertura das pontes da Amizade e da Fraternidade.
Para o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, a decisão do governo brasileiro alivia as pressões internas dos prefeitos e comerciantes de fronteira, que já não aguentavam mais respostas negativas.
Argentina sobe cada vez mais no ranking
Assim como no Paraguai, mesmo a quarentena rigorosa não evitou que a Argentina passasse a enfrentar, agora, um número cada vez mais crescente de casos e mortes por coronavírus.
Agora, são 8.305 mortos e 392.009 casos, segundo a agência de notícias Télam, do governo argentino. A letalidade da doença é de 2,1% sobre os casos confirmados. E a incidência de casos é de 864 a cada 100 mil habitantes, metade do indicador no Brasil.
Há um total de 2.114 pacientes internados em UTIs no país, 71% em hospitais da província e da cidade de Buenos Aires. A ocupação de leitos de UTI chega a 59,7% no aís e a 67,5% na grande Buenos Aires.
Do total de casos, há 287.220 recuperados, o que significa um índice de recuperação 73,2%, inferior ao brasileiro, mas superior ao paraguaio e ao paranaense.
Com novos casos e mortes, a Argentina subiu no ranking dos países, conforme o painel on line da universidade americana Johns Hopkins.
Há exatamente um mês, até os dados de sexta-feira, a Argentina estava em 20º lugar no mundo, em número de casos. Agora, está em 11º. Ultraassou o Reino Unido, a França, a Itália e a Alemanha, para ficar só em alguns exemplos.
Em mortes, estava em 27º. O painel mostra que agora está em 18º. Passou o Equador, por exemplo, a Bolívia e a China, de onde veio o vírus que contaminou o mundo.
Latinos sobem
Não é só a Argentina que piorou em relação à situação da pandemia. Antes dominado por países europeus, o ranking (depois de Estados Unidos e Brasil, os primeiros) viu subirem a Índia, o Peru, a África do Sul, depois Colômbia e México, além do Chile, logo à frente da Argentina. Isso, em número de casos.
Em mortes, que também tem entre os primeiros Estados Unidos e Brasil, houve uma rápida ascensão do México, agora em 3º lugar, e da Índia, em 4º. Depois de países europeus, abaixo destes quatro, surgem latinos como o Peru e a Colômbia, a África do Sul e o Chile.
Muitas mudanças, por certo, ainda virão daqui pra frente, enquanto o mundo não conseguir domar a pandemia.
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