H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
Nem o Paraguai e nem a Argentina cogitam de abrir suas fronteiras com o Brasil. Nesta sexta, 8, decreto do presidente argentino, Alberto Fernández, flexibiliza a quarentena no país, com exceção da província de Buenos Aires. A nova fase da quarentena vai até 24 de maio e não menciona as fronteiras.
Continuam proibidas as aulas presenciais, os eventos públicos e privados, a abertura de shoppings, cinemas, teatros, restaurantes, bares, ginásios e clubes.
Também o transporte interurbano, entre províncias e internacional continua proibido, bem como as atividades turísticas e a abertura de parques e praças.
Já as atividades de algumas indústrias serão retomadas na segunda-feira, 11, desde que os operários não utilizem transporte público.
Poderão funcionar a indústria automobilística e de autopeças, eletrônica e eletrodomésticos, têxtil, calçados, produtos de tabaco, metalurgia, maquinários e equipamentos, gráficas, editoras, a produção de madeira, móveis e brinquedos.
E ainda as atividades de laboratórios farmacêuticos, química e petroquímica, fabricação de motos e bicicletas e também de pneus.
Abdo não quer reabertura
Já no Paraguai, o presidente Mario Abdo Benítez afirmou que não é possível reabrir a fronteira com o Brasil, por causa dos casos de covid-19 no país.
"Com o que se vive no Brasil, não pensamos, nem passa por nossa cabeça, abrir as fronteiras, já que é o lugar onde talvez haja maior expansão de covid-19, e isso é uma grande ameaça para o nosso país", disse o presidente, segundo o jornal La Nación.
Ele prosseguiu: "Temos 700 km de fronteiras e precisamos entender que isso é uma enorme ameaça a tudo o que estivemos fazendo. Já reforcei, militarizei as zonas mais vulneráveis e de maior volume de gente, tudo poder diminuir a possibilidade de que ingressem compatriotas pelo lado brasileiro que não sejam controlados e que não respeitem os procolos", afirmou.
O presidente disse que a primeira semana de implementação da quarentena inteligente no Paraguai foi positiva, já que não se registraram casos de circulação de vírus na sociedade. Se continuar assim, disse Mario Abdo Benítez, as novas fases da quarentena inteligente serão adiantadas, para normalizar as atividades econômicas.
A covid-19 por aqui
Embora boa parte dos brasileiros pareça já ter se acostumado a números trágicos, paraguaios e argentinos têm lá suas razões para temer o avanço da covid-19 por aqui.
Depois de bater um novo recorde de mortes por dia, de quinta para sexta-feira, 8 (foram 751 mortes), o Brasil soma nas últimas 24 horas mais 140 vítimas fatais da doença, que agora já passam de 10 mil (10.037).
O número de casos confirmados subiu de 145.328, na sexta, para 147.003, neste sábado, isto é, um aumento de mais 1.675 casos em 24 horas.
O Paraná
O Paraná, de quinta para sexta-feira, melhorou em relação a outros estados, caindo do 12º
para o 14º do país em mortes. E se mantém em 18º lugar em número de casos – na sexta-feira, eram 1.711 casos confirmados e 106 mortes.
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