PF prende em Foz narcotraficantes internacionais

A Delegacia da Polícia Federal (PF) de Foz do Iguaçu deu um duro golpe, essa semana, aos traficantes que atuam na Tríplice Fronteira. No final da tarde de quinta, 2, três rapazes suspeitos de narcotráfico e apontados como autores de uma série de assaltos foram detidos na Ponte da Amizade.

A Delegacia da Polícia Federal (PF) de Foz do Iguaçu deu um duro golpe, essa semana, aos traficantes que atuam na Tríplice Fronteira. No final da tarde de quinta, 2, três rapazes (foto) suspeitos de narcotráfico e apontados como autores de uma série de assaltos foram detidos na Ponte da Amizade.

Elias Lima da Silva, o Remo, Oclimério Padilha dos Santos, o Pit e Nelci Alves da Silva, o Nenê, foram detidos na saída da Ponte Internacional da Amizade (via que liga o Brasil ao Paraguai).

A prisão dos três ocorreu pouco depois das 18h. As investigações foram desenvolvidas pelo Núcleo de Inteligência da PF. O cerco na Ponte da Amizade contou com participação de policiais militares do serviço reservado do 14º BPM (Batalhão de Polícia Militar).

Antecedentes – Remo é considerado chefe do tráfico de entorpecentes no conjunto Sohab, também conhecido como Favela do Queijo na região do Porto Meira. Segundo o delegado chefe da PF, Geraldo Pereira (foto), a prisão do rapaz representa um divisor de águas no combate a criminalidade na Tríplice Fronteira.

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Há muito tempo à polícia vem investigando ele, disse Pereira. Remo, que também usa o nome falso de Elias Alves Silva, é filho de pai brasileiro e mãe paraguaia, argumento que usa para dissimular a nacionalidade.

Ele é foragido da Colônia Penal Agrícola de Curitiba, onde cumpria pena por assalto à mão armada e tem prisão preventiva decretada junto à 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu. Na apresentação à imprensa, Remo reconheceu uma série de delitos, mas negou envolvimento com tráfico de drogas.

O rapaz disse ainda que teria sido seqüestrado pela Polícia Nacional do Paraguai e obrigado a cruzar a fronteira com o Brasil. Aos agentes da PF, ele teria declarado que após sua prisão, a criminalidade na fronteira nunca mais seria a mesma.

Ocliméio Santos, o Pit, tem prisão preventiva decretada pela 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, por crime de homicídio (artigo 121, parágrafo 2º). Ele responde ainda por Termo Circunstanciado por portar uma pequena quantidade de cocaína no momento da detenção.

Pit negou ser traficante e disse que o entorpecente era apenas para consumo. Nelci da Silva, o Nenê, é fugitivo da Cadeia Pública Laudenir Neves, o Cadeião de Foz do Iguaçu. Contra ele tem um mandado de prisão expedido pela Vara de Execuções Penais, pelo artigo 157 (assalto a mão armada com formação de quadrilha).

Quadrilha será transferida
para Penitenciária Estadual

De acordo com o delegado os três serão transferidos para a Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, pois já foram julgados e condenados. O grupo, ainda segundo Pereira, é especializado em passar maconha pelo rio Paraná, na fronteira do Brasil com o Paraguai.

No momento da prisão os três estavam dentro de um veículo Nissan com placas do Paraguai. De acordo com a PF, eles estavam estudando um grande assalto em Foz do Iguaçu.
Essa é a principal prisão do ano, comemorou o delegado.

Em Relação à acusação deles, de que teriam sido seqüestrados pela polícia de Ciudad del Este (Paraguai), Pereira disse que essa é uma tática comum entre os traficantes, para tentar ludibriar a justiça brasileira.

A droga trazida pela quadrilha do Paraguai, através do rio Paraná, era transportada em caminhões para grandes centros do Brasil, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo a PF, apenas nos cinco primeiros meses desse ano, cerca de 10 toneladas de maconha foram confiscadas nas margens do rio.

(Portal H2FOZRonildo Pimentel)

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