H2FOZ – Paulo Bogler
O Observatório de Turismo divulgou os resultados do estudo sobre o impacto da covid-19 nos negócios turísticos de Foz do Iguaçu. Foram pesquisados 242 meios de hospedagem, agências de viagem, atrativos turísticos, eventos, guias turísticos e estabelecimentos de alimentos e bebidas.
O levantamento, que coletou dados por telefone, de 8 a 23 de abril, apurou o nível de otimismo do segmento turístico em relação à retomada do setor no município, paralisado por causa da pandemia de covid-19. A pesquisa ainda averiguou a queda nas receitas, medidas de ajuste adotadas e políticas públicas que podem ajudar na superação da crise.
A retomada das atividades é mais ou menos otimista conforme os setores e o critério de porte das empresas pesquisadas. O segmento mais otimista é o de eventos, com 47% das entrevistadas apontando recuperação em no máximo seis meses.
De acordo com o tamanho, os microempreendedores são os mais otimistas: 43% apostam na recuperação em até seis meses. Conforme o diagnóstico do Observatório de Turismo, a maior parte dos microempreendedores está nos setores de eventos e hospedagem.
Os atrativos estão identificados no estudo como o setor mais pessimista em relação à retomada dos negócios. Para 40% dessas empresas, essa reativação virá depois de um ano do início da crise. A mesma porcentagem é a de firmas de médio porte – majoritariamente do setor de meios de hospedagem, segundo a pesquisa – que enxergam a recuperação após um ano.
Para 3% das microempresas e 2% dos meios de hospedagem, os negócios não se recuperarão.
Políticas públicas
À pesquisa do Observatório de Turismo, o empresariado iguaçuense indicou as políticas públicas que "contribuiriam fortemente para a retomada" dos negócios. As mais citadas foram a redução de impostos e taxas (67%) e subsídios para salários e custos fixos (63%). As outras duas ações governamentais listadas foram redução de tarifas de água e luz e concessão de empréstimos.
Perfil
Segundo a pesquisa, a partir de análise proporcional, a maioria dos microempreendedores individuais atua no setor de eventos e meios de hospedagem: 43%. Já 51% das microempresas são agências. A maior parte das empresas de pequeno e médio porte são meios de hospedagem – 56% de pequeno e 73% de médio porte.
No turismo de Foz, as empresas consideradas de grande porte são atrativos (33%) ou meios de hospedagem (67%). "Os microempreendedores foram o setor com menor participação na pesquisa, representam apenas 6% das respostas", ressalvam os organizadores do levantamento.
Pesquisa e análise
O Observatório de Turismo de Foz do Iguaçu é mantido por meio da gestão estratégica do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) e gestão técnica da Secretaria Municipal de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos e do Instituto Polo Iguassu.
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