Os nomes das 52 brasileiras que estarão entre os de mil mulheres de todo o mundo indicadas para participar do projeto “1000 Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz” foram anunciados hoje, 29, no Centro Cultural São Paulo. Na a lista divulgada constam os nomes de Zilda Arns e Moema Viezzer.
Os nomes das 52 brasileiras que estarão entre os de mil mulheres de todo o mundo indicadas para participar do projeto “1000 Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz” foram anunciados hoje, 29, no Centro Cultural São Paulo. Na a lista divulgada constam os nomes de duas paranaenses.
O comitê brasileiro do projeto, coordenado por Clara Charf, recebeu 262 biografias de brasileiras com história ligada à promoção da paz. As indicações partiram de organizações, redes e cidadãos em geral. Participam do projeto outros 40 países.
As paranaenses indicadas são a médica e gestora social Zilda Arns Neumann e da socióloga Moema Libera Viezzer. Zilda Arns é conhecida mundialmente pelo trabalho em defesa da vida a frente da Pastoral da Criança, da qual é fundadora e coordenadora nacional. O trabalho de Zilda, por meio do acompanhamento de crianças e gestantes, ajudou a diminuir a mortalidade infantil em todo o país.
Presidente da Rede Mulher de Educação, Moema Viezzer sofreu repressão da ditadura por trabalhar com o educador popular Paulo Freire. Atualmente, moradora da cidade de Toledo, no Oeste do Paraná, é consultora do programa Cultivando Água Boa, da Itaipu Binacional, e da área de Educação Ambiental do Parque Nacional do Iguaçu. Participou ativamente da Rio 92 ajudando a elaborar o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global.
Além de Zilda e Moema, a relação contem alguns nomes conhecidos no país pela dedicação e luta em busca da paz e justiça social, tendo como exemplo o da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, da arqueóloga Niéde Guidon, da escritora Ana Maria Machado e da líder indígena Eliane Potiguara.
Entre os pré-requisitos para a seleção das mulheres estão: atuação em áreas de defesa e promoção dos direitos humanos, proteção a crianças, mulheres, deficientes e outros grupos de risco, eliminação da pobreza, preservação e manutenção do meio ambiente, combate à violência e a todas as formas de discriminação, ampliação do acesso à saúde e educação, e ação contra a proliferação de armas
O projeto 1000 Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz foi criado no ano passado pela Fundação de Mulheres Suíças pela Paz. Desde a criação do prêmio, há 104 anos, apenas 13 mulheres ganharam o Nobel. O movimento indicará coletivamente ao prêmio mil mulheres que trabalham pela construção de uma cultura de paz.
Lista das brasileiras indicadas:
Albertina Duarte Takiuti – médica ginecologista
Alzira Rufino – ativista feminista e anti-racista
Ana Maria Machado – escritora
Ana Montenegro – advogada e ativista política
Benedita da Silva – líder política
Concita Maia – educadora popular, ambientalista
Creuza Maria Oliveira – sindicalista
Eliane Potiguara – líder indígena
Elizabeth Teixeira – líder camponesa
Elza Berquó – demógrafa
Elzita Santa Cruz Oliveira – dona de casa
Eva Alterman Blay – pesquisadora e professora universitária
Fátima Oliveira – médica, ativista feminista
Givânia Maria da Silva – ativista, vereadora
Heleieth Saffioti – socióloga e professora
Helena Greco – ativista política
Heloneida Studart – escritora, deputada estadual
Hilda Dias dos Santos – ialorixá
Jacqueline Pitanguy – socióloga, cientista política
Joênia Batista de Carvalho – advogada
Jurema Batista – ativista anti-racista, deputada estadual
Lair Guerra de Macedo – infectologista, gestora pública
Leila Linhares Barsted – advogada, ativista feminista
Lenira Maria de Carvalho – líder comunitária
Luci Teresinha Choinacki – deputada federal
Luiza Erundina de Souza – líder política, deputada federal
Maninha Xucuru – líder indígena
Mara Régia Di Perna – radialista, comunicadora social
Margarida Genevois – ativista pelos direitos humanos
Maria Amélia de Almeida Teles – ativista feminista e de direitos humanos
Maria Berenice Dias – desembargadora
Maria José de Oliveira Araújo – médica, ativista feminista/saúde da mulher
Maria José Motta – atriz
Maria José Rosado Nunes – ativista feminista, professora universitária
Maria Osmarina Marina Silva de Lima – ministra do Meio Ambiente
Maria Stella de Azevedo Santos – ialorixá
Mayana Zatz – cientista
Moema Libera Viezzer – socióloga, educadora popular
Niède Guidon – arqueóloga
Nilza Iraci – ativista feminista e anti-racista
Procópia dos Santos Rosa – líder quilombola calunga
Raimunda Gomes da Silva – líder camponesa
Rose Marie Muraro – escritora e ativista feminista
Ruth de Souza – atriz
Schuma Schumaher – ativista feminista, pedagoga
Sílvia Pimentel – advogada, professora universitária
Sueli Pereira Pini – juíza de direito
Therezinha de Godoy Zerbini – advogada, ativista política
Vanete Almeida – líder camponesa
Zenilda Maria de Araújo – líder indígena
Zilda Arns Neumann – médica, gestora social
Zuleika Alembert – ativista política, feminista
(Portal H2FOZ)
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