
A prisão na madrugada desta quarta-feira, em Capitán Bado, do traficante brasileiro Guilherme Antonio Vieira, vulgo “Xiru”, mostra que o Primeiro Grupo Catarinense (PGC), do qual ele é um dos chefes, também tem raízes no Paraguai.
"Xiru" é procurado pela Justiça brasileira por associação criminosa e tráfico de drogas e armas. Além disso, é foragido de uma penitenciária do Rio Grande do Sul.
O grupo
O PGC é inspirado no PCC, grupo no qual baseou sua ideologia e estrutura. Por exemplo: os integrantes têm que doar para a organização parte do fruto de seus crimes, para garantir uma vida melhor aos presos do grupo e suas famílias.
O PGC, considerado pequeno, teria em torno de dois mil integrantes e sua área de atuação é a região litorânea de Santa Catarina, especialmente a capital, Florianópolis. O PCC teria 12 mil integrantes.
No Paraguai
O PGC já atuou no Paraguai, mas há algum tempo não se ouvia falar de ações dele no país. O jornal paraguaio Hoy informa que há pelo menos cinco grupos criminosos atuando no país: o PCC e o Comando Vermelho, os dois maiores, e os menores Taura, Bala na Cara e PGC.
O portal Insight Crime diz que o PCC domina pelo menos 60% da cocaína traficada a partir do Peru, e teria inclusive assumido as bases do cartel de Sinaloa, nos últimos seis anos.
A cocaína peruana vem ao Brasil por via aérea. O grupo criminoso controlaria mais de 50 pistas de aterrissagens clandestinas, aproveitando-se dos escassos controles do espaço aéreo do Peru e do Brasil.
O jornal Hoy, citando o portal de notícias La República de Perú, diz que o PGC opera naquele país desde 2008, com apoio do grupo terrorista Sendero Luminoso, que controla a distribuição de cocaína como matéria-prima e protege os carregamentos de droga que passam pelo seu território.
O suposto líder do PGC seria Osmar de Souza Júnior, o "Pitão", detido no ano passado pela polícia peruana e entregue às autoridades brasileiras. Em 2012, já havia sido preso e expulso pelo Peru ao Brasil, mas em 2013 conseguiu fugir da prisão.
Fonte: Hoy
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