“O perigo está do outro lado do rio”, diz sobre Foz do Iguaçu o diretor de Vigilância da Saúde do Paraguai

Segundo Guillermo Sequera, Ciudad del Este não está “numa situação tão caótica como querem afirmar. O diferente daqui é que estamos ao lado do perigo”.

H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

O diretor de Vigilância da Saúde do  Paraguai, Guillermo Sequera, depois de se reunir com o pessoal da 10ª  Região Sanitária de Alto Paraná, em Ciudad del Este, disse que a cidade de fronteira "não está em situação caótica como dizem", em relação aos casos de covid-19.

O grande problema de Ciudad del Este, segundo Sequera, "é que aqui estamos ao lado do perigo", referindo-se ao Brasil, conforme noticiam os jornais Última Hora e La Nación.

"Em Ciudad del Este, há que tomar cuidado principalmente  pelo que acontece do  outro lado do rio. Temos uma cidade muito menor (Foz do Iguaçu), mas que tem a quantidade de casos praticamente igual à do restante do país e quantidade de mortos igual à do Paraguai", disse o diretor de Vigilância de Saúde.

E completou: "Cruzando o rio é que nos preocupa, Ciudad del Este está bem". Mas ressalvou: "Foz do Iguaçu agora está se cuidando, e assim é muito melhor".

Para Guillermo Sequera, casos em CDE estão dentro do previsto. Mas o problema é a fronteira.

Sequera adiantou que o ministro da Saúde do Paraguai, Julio Mazzoleni, virá a Ciudad del Este na semana que vem, quando trará  informações acerca dos trabalhos sanitários que ali serão desenvolvidos.

Segundo Sequera, que é epidemiólogo, o coronavírus tem circulação na comunidade de Alto Paraná, mas a quantidade de casos sem ligação com outros já conhecidos é  menor que nos departamentos Central e em Assunção.  

Ele disse que o número de casos de Alto Paraná está "hipertrofiado" pelo que aconteceu nos albergues da cidade e na Penitenciária Regional de Ciudad del Este.

O  jornal Última Hora lembrou que 592 pessoas, entre funcionários da penitenciária e presos na Penitenciária Regional no Centro Penitenciário para Mulheres, foram diagnosticadas com covid-19.

E a fronteira, reabre?

Guillermo Sequera disse que infectólogos brasileiros já estão recomendando que não sejam reabertas aas fronteiras.  

Para o diretor de Vigilância da Saúde, a possibilidade de reabertura da Ponte da Amizade deve começar a ser analisada em agosto, mas voltou a dizer que tudo vai depender de como se comportará a pandemia na região.

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