Depois de três mortes e 4.334 confirmações da doença, o número de casos de dengue vem "reduzindo drasticamente" nas últimas três semanas, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.
De acordo com especialistas da Vigilância Epidemiológica, embora os boletins apresentem aumento em cada publicação, nas últimas três semanas houve redução gradativa das notificações e confirmações de dengue na cidade.
Os gráficos epidemiológicos das últimas semanas apontam que o pico da doença aconteceu na semana 10 (início de março), com 2.506 notificações, e foi sucessivamente registrando queda, até chegar a 1.659 nesta semana.
"Ao olharmos o número geral dos boletins, a impressão é a de que estamos com aumento de notificações da dengue agora, mas é o contrário, estamos reduzindo. Isso ocorre porque grande parte das notificações feitas no ano passado foi confirmada por análise clínica neste ano, o que reflete no aumento no número geral do boletim atual", explicou a enfermeira Mara Ripoli.
De acordo com Mara Ripoli, quando um município é classificado como área de epidemia, somente os casos com mais sinais de alarme e gravidade são confirmados por exames. Os pacientes registrados como dengue clássica (com sintomas leves) recebem a confirmação por critério clínico.
Muitos casos do ano passado estão sendo encerrados agora. Tendo em vista que em período de epidemia o Laboratório Central do Estado (Lacen) só realiza exames de diagnóstico para dengue nos casos graves, os demais pacientes notificados com sintomas leves que não fizeram os exames, serão a partir de agora, confirmados por critério clinico epidemiológico, explicou a enfermeira.
As três mortes ocorreram durante o pico da doença. As vítimas foram idosos com comorbidades. Por isso, a Secretaria da Saúde reforça a importância de sensibilizar a comunidade para o controle da doença, pois ela acomete com maior gravidade e leva a óbito principalmente os grupos de risco.
Ações não podem parar
Neste período em que o país atravessa a pandemia do novo coronavírus. associada à epidemia da dengue, as equipes do CCZ continuam nas ruas para fazer o controle e o combate ao Aedes Aegypti.
"Nosso trabalho contra a dengue continua sem tréguas, principalmente nas regiões com maior incidência do mosquito", disse o coordenador do Comitê da Dengue, Jean Rios. Entre as regiões mais afetadas estão o Morumbi, Lancaster, Vila C Nova, Três Lagoas, Portal da Foz, Porto Meira e Jardim São Paulo.
As ações incluem vistorias às residências, sem ingresso ao interior das casas, seguindo as recomendações para restrição de prevenção ao coronavírus; autuações em imóveis, comércio e terrenos; limpeza em bota-foras, bocas-de-lobo e galerias, entre outras. Ao visitar as residências, os agentes também informam aos moradores as linhas telefônicas do Plantão Coronavírus.
Índice de infestação diminuiu
O último LIRAa – Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti – feitoo entre os dias 9 e 12 de março em 4.839 imóveis, apontou o IIP (Índice de Infestação Predial) de 1,32%, o menor já registrado nesta época quando comparado aos anos anteriores: 3,98% em março de 2017; 4,89% no mesmo mês de 2018; e 5,41% em março de 2019. Em janeiro deste ano, o índice chegou a 3,21%.
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