H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
O ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Antonio Rivas, disse nesta terça-feira, 19, que o Paraguai ainda não tem uma data para reabrir as fronteiras com os países vizinhos.
Segundo o chanceler, as fronteiras ficarão fechadas enquanto perdurar risco de contágio por coronavírus na região, informa o jornal Última Hora.
Quando a pandemia estiver controlada, completou, as fronteiras vão reabrir, mas de forma coordenada. Ele disse acreditar que isso deve ocorrer "nos próximos meses".
Argentina, Brasil e Bolívia
A pandemia segue em ritmo mais rápido no Brasil, com 271.885 casos (segundo no ranking mundial) e 17.983 mortes (sexto lugar no ranking). E, de forma mais controlada, também avança na Argentina, com 8.809 casos e 393 mortes, segundo os últimos números do painel on line da universidade americana Johns Hopkins.
Outro país com o qual o Paraguai também faz fronteira é a Bolívia, que soma 4.481 casos e 189 mortes. Em relação à população, a Bolívia tem mais casos e mortes, proporcionalmente, que a Argentina. A Bolívia tem 11 milhões de habitantes, quatro vezes menos do que a Argentina, mas o número de casos e mortes é praticamente a metade do registrado entre argentinos.
O ministro comentou que, na videoconferência de presidentes do Fórum para o Progresso da América do Sul, também na terça-feira, o presidente Mario Abdo Benítez ofereceu repassar aos outros países a experiência paraguaia no controle da covid-19.
O Paraguai apresenta números baixos para a pandemia e é o único país que não tem nenhum paciente em terapia intensiva. O achatamento da curva "está sendo efetivo no Paraguai", disse.
O país vizinho registra 829 casos de covid-19, com 11 mortes. Está à frente do Uruguai em casos (o Uruguai tem 738), mas tem menos mortes (são 20 no Uruguai).
Repatriação
A propósito da repatriação de paraguaios que estão em diversos países da região, e também na Europa e Estados Unidos, Antonio Rivas disse que está sendo organizada por meio das embaixadas e consulados.
"O que queremos fazer é que essa repatriação seja em forma ordenada e coordenada, para que nãoa ultrapasse a quantidade de lugares que temos em nossos albergues", explicou.
Além dos albergues, hotéis de saúde estão habilitados para hospedar os paraguaios que regressam e tenham recursos para pagar sua estadia.
O ministro agradeceu a colaboração dos países vizinhos, que ajudaram a repatriar paraguaios, inclusive em voos humanitários. Ele citou especialmente Argentina, Uruguai, Colômbia, Peru, Bolívia e Brasil.
"Proximamente, também se viagens de cidadãos paraguaios que vivem no Chile e também na Bolívia, e novamente do Uruguai e da Argentina", disse.
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