
Vai ficar mais fácil a estudantes entenderem que os corpos celestres têm o formato de "bolas". Esses estudantes vão rir quando souberem – já devem saber – que há malucos no mundo inteiro que acreditam, como na Idade Média, que a terra não é redonda, mas sim uma espécie de domo limitado por um paredão, a Antártida. Loucura? Com certeza.
O Ecomuseu inaugura na próxima terça-feira, dia 17, uma esfera gigante onde são projetadas informações sobre clima, relevo, correntes marítimas, abalos sísmicos, entre outros dados do Planeta Terra e de outros corpos celestes do Sistema Solar.
Ideal para aprender geografia, mas certamente um atrativo curioso pra quem não tem a cabeça quadrada, como os terraplanistas.
A ferrramenta "Ciência na Esfera", que permite a projeção de imagens na esfera gigante foi desenvolvida pela Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), ligada ao Departamento de Comércio do Governo dos Estados Unidos, segundo informa a Divisão de Imprensa de Itaipu (responsável por todas as informações "sérias" deste texto. A parte da "terra é plana" é nossa).
A inauguração da nova sala do Ecomuseu será às 9h30 do dia 17, em uma solenidade fechada que contará com a presença de alunos do Instituto Federal do Paraná (IFPR), de diretores da binacional e do Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
Nas férias, pros turistas
Em dezembro e janeiro, o uso será apenas turístico. Os horários de sessão serão: 10h30, 11h30, 12h30, 14h, 15h, 16h e 17h. Quem visitar o Ecomuseu nestes horários poderá ver as projeções. O atrativo funciona de terça-feira a domingo. Vale lembrar que, até março de 2020, quem comprar o ingresso Itaipu Panorâmica ganha 50% de desconto no ingresso do Ecomuseu. Mais informações em www.turismoitaipu.com.br
A partir de fevereiro, a sala manterá as sessões turísticas (adquirida com o ingresso do Ecomuseu) e as visitas institucionais específicas para escolas e universidades. Nestes casos, o agendamento será feito pela Divisão de Educação Ambiental.
Alta tecnologia
A esfera é feita de fibra de carbono e tem 1,7 metro de diâmetro. Nela são projetadas imagens animadas do Planeta Terra, além de outros planetas e satélites do Sistema Solar.
Quatro projetores, instalados nos quatro cantos de uma sala de 61 m², formam uma imagem contínua, sem divisórias, por toda a esfera.
O sistema patenteado pelo governo norte-americano é único no mundo. O Ecomuseu é o segundo espaço brasileiro a usar a ferramenta – o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) também usa a “Ciência na Esfera” para graduação e em visitas de escolas do ensino público e privado de São Paulo. Na América Latina, há um terceiro sistema como esse, instalado na Colômbia.
Do espaço
O projeto utiliza dados em tempo real de satélites oceanográficos ou meteorológicos, além de mais de 500 arquivos disponíveis na biblioteca da NOAA, que são atualizados por uma rede de museus e instituições científicas do mundo todo.
“Como integrantes da rede, nós também podemos produzir conteúdo e subir no sistema para outras instituições utilizarem”, explica a museóloga Letícia Acosta Porto, da Divisão de Educação Ambiental (MAPE.CD) da Itaipu.
De acordo com ela, a nova sala vai priorizar conteúdos como meio ambiente e energia, alinhada à missão do Ecomuseu de promover a educação ambiental e disseminação do conhecimento.
“Já conversamos com algumas universidades que poderão complementar suas aulas aqui no Ciência na Esfera”, explicou Letícia.




Convite especial
Convide algum amigo que acredita que a terra é plana. Das duas, uma: ou ele vai continuar acreditando em sua tola teoria, ou mudará de ideia. De qualquer jeito, você vai se divertir com as reações.
Se você nunca ouviu falar desses birutas, saiba que há no Brasil gente que faz parte de um grupo internacional que defende essa ideia baseada nas premissas mais absurdas.
Dois deles são os "pesquisadores" Anderson Neves e Allan Silva. que na quarta-feira, 11, participaram do programa "Pânico", da rádio Jovem Pan, e defenderam sua teoria.

Segundo Neves, “ninguém nunca mostrou o globo”. “Não há fotos do globo terrestre, são só desenhos”, disse ele, que é empresário. Ele disse que a Terra é plana e limitada pela Antártida, que, na verdade, é um paredão de gelo que segura as águas dos oceanos.
E as viagens dos astronautas? Pra eles, é tudo uma grande farsa feita pela Nasa, a agência espacial americana. "Esquecendo", claro, que os russos foram ao espaço, os chineses também viram a terra lá do alto e que até o Brasil tem um astronautra.
Sobre Marcos Pontes, eles dizem que o astronauta "apenas falou que dá para ver meio arredondado lá de cima”, disse Anderson Neves. “Ele não fez uma afirmação objetiva. O pessoal tem dado sinais para quem observa.”
“A ida do homem à Lua é uma farsa, foi feita em estúdio”, afirmou Anderson Neves. “Eu observo a Lua com zoom e não há nenhum vestígio de que o homem tenha ido”, continuou, também defendendo que a Estação Espacial Internacional é uma farsa.
A dupla ainda levantou o ponto de que o Sol é, na verdade, uma espécie de lâmpada pendurada na abóbada. Uma lâmpada de fogo. “Como uma bola de fogo pode se alimentar no espaço sem oxigênio?”, questionou Allan Silva.
Mas não perguntaram por que nós temos oxigênio. E não devem saber que o sol não é uma simples "bola de fogo", mas uma estrela anã com intensas explosões provocadas pela fusão atômica.
Aliás, um detalhe: você sabia que a Terra recebe do sol energia equivalente à produzida por 10 bilhões de Itaipus?
Conte pro terraplanista isso. Vocês vão rir muito. Mas só você vai saber que isso é verdade.
Antigamente, ali pelos anos 1960 e 1970, usava-se a expressão "o mundo é uma bola" pra contar casos curiosos que aconteciam no planeta. Os terraplanistas nem isso sabem, porque é uma expressão "recente", não é do tempo das trevas da Idade Média.
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