Argentina premiada na Espanha como “Destino LGBT 2020”

Distinção foi entregue ao ministro de Turismo argentino durante a Feira de Turismo da Espanha (Fitur).

Uma distinção especial foi entregue à Argentina durante a 40ª edição da Feira Internacional de Turismo (Fitur), maior feira para os mercados receptivos e emissores ibero-americanos e uma das maiores do mundo, aberta na terça-feira (22) e que prossegue até esta sexta.

O país ganhou da Fitur LGBT o prêmio "Destino LGBT 2020", pelo que os setores público e privado têm feito para atrair turistas das diversas orientações sexuais, "pela excelência de muitos de seus destinos" e pelo seu "caráter de país pionero na promoção internacional e desenvolvimento federal do turismo LGBT".

O prêmio foi recebido pelo ministro de Turismo e Desportes da Argentina, Matías Lammens, que manifestou seu orgulho pelo reconhecimento. Estavam presentes na premiação Pablo De Luca e Gustavo Noguera, presidente e vice-presidente da Câmara de Comércio LGBT Argentina.

A feira, realizada em Madri, é uma das mais importantes do mundo. Nesta edição, expectativa é de participação de 11 mil empresas expositoras, com a presença de mais de 160 países (inclusive o Brasil) e de 253 mil visitantes.

Turismo LGBT

O reconhecimento como país "friendly" ao segmento LGBT poderá garantir uma boa fatia do que
o setor movimenta no turismo mundial – em 2018, US$ 218,7 bilhões.

Segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), o público LGBT corresponde a 10% dos viajantes do planeta. Só nos Estados Unidos, estima-se que o setor movimente cerca de US$ 65 bilhões por ano.

Em 2016, durante o Fórum de Turismo LGBT, foi divulgada uma pesquisa sobre o perfil do turista LGBT:

– Faz em média quatro viagens por ano;

– 45% deles viajam ao exterior todos os anos (a média nacional é de 9%);

– Tem gasto 30% maior em relação a outros viajantes.

No Brasil, o turismo LGBT representa ingressos anuais de US$ 26,8 bilhões na economia, mas o país não tem uma política para receber esse público, como tem a Argentina.

Fontes: El Independiente Iguazú e Arquivo Estadão

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