Mais da metade das pessoas idosas pagaram em atraso ou não conseguiram pagar as contas básicas como água e luz nos últimos meses. A renda e o sustento familiar,para esta faixa da população, representam um grande desafio nos dias de hoje. Assim como o planejamento e a preparação dos futuros aposentados no que se refere a manter seu padrão de vida e suas reservas econômicas.
A aposentadoria é um estado muito desejado pelos brasileiros, com a pretensão de ser um período onde as obrigações diminuem e que se terá mais possibilidades de desfrutar o tempo livre e fazer o que realmente traz prazer. No entanto, muitos não conseguem chegar a esse momento e aproveitar como querem.
Segundo a pesquisa feita pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Offer Wise Pesquisas houve um aumento de 17 p.p na quantidade de idosos que não puderam pagar em dia suas contas nos últimos 6 meses, em relação à pesquisa feita em 2018. Como resultado, 54% dos idosos deixaram de pagar alguma despesa. 24% dos entrevistados afirmaram que a conta de luz foi a que mais ficou em atraso, seguido pela conta do cartão de crédito (24%), da água (17%) e o IPTU (15%).
Em relação aos motivos de não poder honrar as dívidas, o principal foi a diminuição da renda própria do entrevistado, que afetou 31% dos idosos. Em segunda posição, com 14%, a falta de planejamento familiar e em terceira posição a redução da renda de outros membros da família, com 10%.
Com esta pesquisa fica claro que para se aposentar e aproveitar realmente esse momento, é preciso que, durante o tempo de atividade, o trabalhador mantenha uma reserva financeira e que tenha um plano de Previdência Privada ou cria novas fontes de ingressos. E, mesmo com os recursos, que faça um bom planejamento dos gastos, considerando imprevistos, como o aumento do custo médico por exemplo.
Porém, a pesquisa mostra que 32% dos entrevistados afirmaram que o INSS era sua forma de se preparar para este período, 12% contavam com investimento na poupança como sua melhor alternativa e 14% afirmam não ter se preparado nem se está preparando para o futuro, ficando exposto a sofrer com as mudanças econômicas do país.
Hoje em dia, contar somente com a renda proveniente do INSS é muito arriscado, devido às mudanças em relação à Previdência Social e à instabilidade do contexto econômico. De fato, 47% dos entrevistados nesta pesquisa afirmaram ter crédito consignado. A maioria para gastos necessários, apenas 23% fizeram contas com gastos desnecessários (celular, roupas e eletrodomésticos).
Se bem que fazer um empréstimo pode ser uma excelente alternativa, sempre que bem planejada e conhecendo as instituições de crédito confiáveis para contratar, é preocupante o fato de que quase 30% dos idosos fazem empréstimo, pessoal e consignado, para familiares ou amigos. 8% dos entrevistados ofereceram seu nome para fazer um crédito e 20% atenderam ao pedido de terceiros. Esta situação pode complicar ainda mais sua situação financeira, criando contas sem necessidade para eles.
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