Com o estresse, são comuns acidentes e fugas de pets assustados com os estampidos; veja dicas para proteger os bichinhos.
Além de todo o estresse, é corrente nas viradas de ano o sumiço de pets assustados com os estampidos no céu das cidades. Várias capitais do país, a exemplo da paranaense Curitiba, já proibiram fogos de artifício barulhentos a fim de proteger cães, gatos e outros animais de estimação.
Em Foz do Iguaçu, a Câmara de Vereadores aprovou uma lei vedando fogos de alto impacto e com efeitos de tiro em maio de 2020. Essa norma foi sancionada (tornada com efeito) pelo presidente da Casa de Leis cinco meses depois, em outubro.
Como a lei entrará em vigor somente 18 meses após sua sanção, as regras valerão no primeiro semestre do ano que vem, se a normativa não for alterada. A lei proíbe a “utilização de quaisquer tipos de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos de alto impacto ou com efeitos de tiro”.
Leis que proíbem fogos barulhentos são demandas não só de protetores de animais, como também de familiares de autistas e profissionais de saúde. Idosos, bebês e pessoas enfermas sofrem com o som alto dos explosivos.
Mas, afinal, por que fogos de artifício assustam cachorros e gatos?
Os cães têm a capacidade auditiva maior do que a dos humanos, informa a Agência Brasil (ABr), com base nas informações do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Barulhos acima de 60 decibéis, equivalentes a uma conversa em tom alto, podem causar estresse físico e psicológico.
“O ouvido canino é capaz de perceber uma frequência maior de sons, se comparado a humanos, e podem detectar sons quatro vezes mais distantes”, reforça a ABr. Com efeito, fogos com barulho, como no réveillon, causam desespero nos animais silvestres e domésticos.
A equipe do CFMV lembra, ainda, que há o risco de fuga do animal e de acidente, como atropelamentos dos bichinhos por veículos, entre outros. E muitos filhotes de cães e gatos desenvolvem fobias, principalmente de sons altos como os dos fogos de artifício e trovoadas.
O Conselho Federal de Medicina Veterinária mantém uma campanha nas redes sociais para conscientizar as pessoas e evitar danos aos animais. “Na noite de ano-novo, muitos animais fogem assustados, se ferem e podem até morrer por medo ou estresse”, frisa a entidade.
Para o conselho veterinário, o show de fogos em todo o país é uma tradição e pode seguir sendo realizado com toda a sua beleza, sem o barulho das explosões que causam pânico entre os pets.
Dicas para cuidar do bichinho de estimação em dias de fogos altos:
- mantenha o animal identificado, com plaquinha na coleira contendo número de telefone e e-mail. Em caso de fuga, a chance de recuperar o pet é maior;
- prepare um ambiente acolhedor para o animal: acostume-o a um espaço fechado, que abafe o som dos fogos, como um quarto, a lavanderia ou a garagem. Não deixe seu pet em sacadas, perto de piscinas ou em correntes;
- os locais preparados devem conter “tocas”, como espaços debaixo da cama ou caixas de transporte, com objetos com o cheiro do dono, principalmente se os tutores forem passar a virada do ano longe de seus animais;
- os gatos gostam de se esconder em lugares altos, como em armários ou prateleiras;
- caso seu animalzinho fique muito estressado, desesperado e tenha convulsões ou tente fugir por portas e janelas, uma alternativa é usar medicamentos calmantes, mediante orientação de um veterinário.
(Com informações da Agência Brasil e do Conselho Federal de Medicina Veterinária)
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