Manifestação: protetores em Foz afirmam que estão sobrecarregados e endividados

Voluntários protestaram na Praça da Paz nesse domingo para cobrar “eficiência” da Diretoria de Bem-Estar Animal da prefeitura.

Voluntários protestaram na Praça da Paz nesse domingo para cobrar “eficiência” da Diretoria de Bem-Estar Animal da prefeitura.

Protetores independentes de Foz do Iguaçu promoveram manifestação nesse domingo, 12, na Praça da Paz, para expor à população as condições dos voluntários e cobrar “eficiência” da Diretoria de Bem-Estar Animal (Diba) da prefeitura. O protesto estava previsto para acontecer na feirinha, pela manhã, mas foi transferido para a noite devido ao maior público no local.

Foram expostas faixas com a pauta reivindicatória e recolhidas adesões em um abaixo-assinado. Protetores afirmam que estão exaustos pela sobrecarga de trabalho e que suas dívidas com agropecuárias e clínicas veterinárias aumentam por conta de gastos com rações, medicamentos e procedimentos de saúde para cães e gatos.

Para os protetores participantes da mobilização, a Diba acomoda indicados políticos e não atende às demandas da causa animal, fazendo com que o trabalho recaia sobre os voluntários, que não dispõem de estrutura ou recursos. Conforme os voluntários, castração de animais e distribuição da ração já ocorriam antes da criança da diretoria pelo prefeito Chico Brasileiro (PSD), em fevereiro deste ano, e as intervenções sobre maus-tratos são feitas pelo Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (CMPDA).

Com faixas às mãos, defensoras dos animais apresentaram as pautas do movimento – Foto: Divulgação

“A população não sabe que temos uma Diretoria de Bem-Estar Animal. Precisamos explicar que há e para o que foi criada, mesmo que no momento seja ineficiente”, disse a protetora Lory Andrade Alliana, uma das organizadoras do protesto. “Por isso, faremos outras manifestações no decorrer das duas próximas semanas”, apontou.

“Precisamos que a população cobre eficiência desta diretoria, já que há custos altíssimos para os cofres públicos”, prosseguiu. “E também a comunidade precisa saber o que está acontecendo na causa animal, pois as protetoras já não conseguem fazer todo o trabalho sozinhas”, enfatizou Lory.

Conforme a protetora iguaçuense, a Diba conta com uma diretora e cinco assessoras. “Somente em salários, essa diretoria soma mais de R$ 30 mil mensais, além de combustível, veículo e telefone. Porém, até o momento, não foi feito nada que justifique tantos gastos”, avaliou Lory Andrade Alliana.

Outro lado

A prefeitura, por sua vez, divulgou um balanço sobre as atividades mantidas pela Diretoria de Bem-Estar Animal, afirmando que neste ano foram distribuídas cerca de 25 toneladas de ração animal a protetores independentes e a três entidades. Outra ação mantida é o Programa de Controle Populacional de cães e gatos, com cirurgias de castração.

“Até o momento, foram realizadas 160 castrações, das 341 previstas na primeira etapa”, afirmou a prefeitura. Para viabilizar as próximas etapas, segundo a prefeitura, a diretoria iniciou entendimentos para convênio com dois centros universitários. “Para 2022, inicialmente, a expectativa é de que sejam realizadas 388 cirurgias no Castramóvel.”

Segundo a gestão municipal, em dez meses, a equipe da Diba atendeu a mais de 300 denúncias de maus-tratos a animais, pelo aplicativo 156 Foz e pelo telefone 156. No balanço, cita a realização da 1ª Semana de Proteção e Bem-Estar Animal, em que foram feitas palestras em escolas públicas e ações pontuais em espaços públicos.

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