Primavera começa oficialmente às 16h21. Previsão? Pouca chuva

Boletim do Simepar alerta para chuvas abaixo do normal, no Paraná. No Oeste, pode ser mais quente que a média histórica.

Boletim do Simepar alerta para chuvas abaixo do normal, no Paraná. No Oeste, pode ser mais quente que a média histórica.

Exatamente às 16h21 desta quarta-feira, 22, começa oficialmente a primavera. Em Foz, será um dia de calor, mas não excessivo (máxima de 28 graus), e de sol o tempo todo. Meteorologista que previa chuva mudou de ideia.

Falar nisso, sabe aquela chuva que deveria fechar o último dia de inverno, segundo os meteorologistas do AccuWeather, Climatempo e Tempo Agora? Pois é. Ontem, terça, 21, não choveu.

O Climatempo mudou de ideia sobre este primeiro dia primavera. Choveria, mas agora o serviço indica que esta quarta será de “sol com algumas nuvens. Não chove”.

Mas o Climatempo mantém o prognóstico pra quinta-feira, de “pancadas de chuva à tarde e à noite”. E não está sozinho nessa, tem a companhia do Tempo Agora.

Mais chuva prevista? Sim, pro sábado, segundo Simepar, Tempo Agora e Climatempo. Inmet diz que chove na sexta;
AccuWeather indica um sábado de “sol abundante”. E o CPTEC/Inpe só vê secura pela frente, até o fim de setembro.

Confira erros e acertos dos serviços de meteorologia:

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BOLETIM DA PRIMAVERA

O meteorologista Reinaldo Kneib, no boletim do Simepar para a primavera, diz que, para os próximos meses, “estão previstas variações bruscas da temperatura do ar em curtos períodos, devido à passagem de frentes frias sobre o Paraná”.

A temperatura no Oeste do Estado tende a ficar entre próxima e acima da média para a estação. E, infelizmente, as chuvas deverão se manter abaixo do normal, em todo o Estado.

O meteorologista lembra que, “por ser uma estação de transição entre os regimes climáticos do inverno e do verão, a primavera favorece eventos meteorológicos severos como fortes rajadas de ventos, granizo, chuvas volumosas e grande quantidade de raios, que só podem ser detectados em curto prazo”.

PLANTAÇÕES

Ainda no boletim do Simepar, a agrometeorologista Heverly Morais, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Heverly Morais, alerta para os impactos da crise hídrica e dos eventos meteorológicos extremos sobre a agricultura e a pecuária no contexto das altas temperaturas previstas para a primavera.

“As grandes culturas como soja, milho e feijão podem sofrer atraso na semeadura, germinação desuniforme da lavoura, crescimento inadequado das plantas e mau desenvolvimento dos grãos”, afirma.

Ela recomenda ao produtor escalonar a semeadura em talhões com cultivares de ciclos diferentes, manter o equilíbrio nutricional das plantas, utilizar sementes de boa qualidade, bem como não empregar população superior à indicada. Para melhorar a estrutura do solo e o armazenamento da água no sistema, sugere o cultivo e a incorporação de plantas de cobertura em sistema de plantio direto.

“Essa técnica melhora os atributos físicos e químicos do solo, favorece o aumento de infiltração da água, aprofunda as raízes da cultura, reduz a temperatura e a evaporação do solo e mantém a água disponível para as plantas em períodos de estiagem fraca e moderada”, explica a pesquisadora.

Culturas como café, cana-de-açúcar, mandioca e frutíferas correm alto risco de serem prejudicadas pela má distribuição das chuvas ao longo da estação. Além disso, as altas temperaturas podem afetar as hortaliças, sobretudo as folhosas. As olerícolas precisarão de muita água de irrigação – um desafio diante dos baixos níveis dos mananciais como rios, riachos, lagos e nascentes.

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