Se em agosto choveu pouco, em Foz, em setembro será ainda pior. Umidade relativa do ar despenca.
Pros viajantes, o site especializado Onde&QuandoViajar recomenda vir a Foz do Iguaçu em setembro. É um mês de “clima muito agradável”, “com boas condições meteorológicas”.
O detalhe: pouca chuva é muito bom para apreciar nossos atrativos. E se em agosto já choveu pouco (39 mm, registrados em cinco dias no mês, em setembro “deverá ser perceptível um agravamento em relação ao mês anterior”, diz o próprio site.
“Agravamento”, no caso, é bom para o turista. Chuva atrapalha as visitas. Ainda mais que as Cataratas do Iguaçu devem permanecer com bom volume de água.
Nesta quinta-feira, 2, às 16h, o monitoramento hidrológico da Copel apontava uma vazão de 1.060 metros cúbicos por segundo. Excelente, para tanta seca no Paraná. E não deve piorar.
Para setembro, no Oeste, o que inclui Foz, e no Sudoeste as chuvas devem ficar abaixo da média histórica, segundo o Simepar. No Estado, de maneira geral, há possibilidade de que o volume fique próximo à média.
Bom pras Cataratas, que em agosto foram beneficiadas com chuva acima da média na região de Curitiba, onde o rio se forma, na Serra do Mar e no percurso que o Iguaçu faz no Estado, incluindo a região de Guarapuava, onde também choveu mais do que a média histórica. Que pelo menos fique assim.
E A SECURA?
Se é bom pra turistar em Foz, clima seco não é agradável pra quem mora aqui e já vem enfrentando umidade relativa do ar muito baixa desde o início de agosto.
Nesta quinta, por exemplo, a umidade relativa do ar mínima ficou em 17%, de acordo com o Simepar. E a máxima em 56%. Isto é, nem a umidade máxima atingiu o mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde para não afetar nossa saúde (perdão pela repetição de saúde), que é 60%.
Nos próximos 10 dias, não espere muita chuva. Na verdade, não espere nada, embora alguns serviços prevejam pancadas em um ou outro dia deste período.
Se chover, é pouquinho. Tão pouco que não vai alterar as temperaturas máximas, que vão permanecer acima – e até bem acima – dos 30 graus.
EMERGÊNCIA
Conforme lembra matéria da Agência Estadual de Notícias, o governo do Estado chegou a decretar situação de emergência hídrica em todo o Estado, por causa da forte estiagem, que “ainda não dá sinais de trégua”.
O final de semana será de temperaturas acima de 32 graus, conforme todos os serviços de meteorologia. E a próxima semana começa fervendo.
Na segunda-feira, máxima pode chegar a 36 graus, segundo o Simepar e o Climatempo. Ou 37 graus, para o Tempo Agora.
Nada mal pro último mês de inverno, não?
FOGO
O risco maior da dupla calor e secura é o de incêndios, tanto urbanos quanto florestais.
No Paraná, o Parque Nacional de Ilha Grande, em Guaíra, já viveu dias de muito fogo. Cada vez perde mais matas para as chamas, muitas vezes resultado da imprudência de caçadores (que, aliás, não deveriam estar em ação).
No Paraguai, que enfrenta esta mesma estiagem, foram detectados nesta quinta 1.168 focos de incêndio nas últimas 24 horas, que numa recontagem caíram para 183 em 12 horas.
O país está perdendo reservas importantes de mata nativa, em áreas protegidas.
E a fumaça destas queimadas continua a deixar cinza o céu de Foz do Iguaçu, embora tenha melhorado um pouco na comparação com a semana passada, quando choveu aqui. Pouquinho.
Só resta esperar que a meteorologia esteja errada e que venha mais chuva do que se estima. Mesmo que um ou outro turista reclame. Se é que vai reclamar de uma boa chuva…
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