Mais uma vez, Foz sob dois alertas: onda de calor e tempestade

O segundo alerta é meio duvidoso, já que houve outros que deram em nada. Mas há chuva prevista pra toda a semana.

O segundo alerta é meio duvidoso, já que houve outros que deram em nada. Mas há chuva prevista pra toda a semana.

Foz do Iguaçu está incluída numa pequena faixa do “mapa do calor” do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com temperaturas 5° acima das previstas para janeiro. O alerta é laranja, que representa perigo para a saúde.

E Foz também está no mapa das tempestades, com alerta amarelo, que é de “perigo potencial”. Mas o próprio Inmet, na previsão exclusiva para Foz, não anuncia chuva pra este domingo, e sim pra segunda, terça e quarta-feira.

À esquerda, o mapa do calor, uma faixa estreira que inclui Foz. À direita, o mapa da tempestade, da qual provavelmente Foz escapa. Mapas: Inmet

Quarta-feira é o dia que marca a virada no tempo, de acordo com o AccuWeather. Tempestade e pancadas de chuva devem ocorrer durante todos os dias até o final de janeiro.

Tem chuva também nos prognósticos do Simepar: quarta, quinta, sábado, domingo, segunda e terça-feira. E ainda em mais dois dias até terminar janeiro, mês que pra Foz foi extremamente seco.

Para o Climatempo, chove – pancadas à tarde e à noite – já neste domingo. A previsão é de pancadas de chuva, diariamente, até o final de janeiro.

Até o CPTEC/Inpe, contido quando se fala em previsão de chuva, aumenta a possibilidade de chover em cinco dias até o fim de janeiro.

Dá pra dizer que há unanimidade quanto à volta das chuvas.

Já a onda de calor segue no mesmo ritmo, beirando ou passando os 40°, durante os próximos dias. Sem trégua.

UMA GRANDE ÁREA QUENTE

Foz do Iguaçu e grande parte do Oeste do Paraná estão entre as áreas atingidas pela onda de calor, que oprime o Paraguai e o Uruguai inteiros e a maior parte da Argentina.

No Uruguai, por exemplo, em 14 de janeiro, a temperatura máxima atingiu 42,5° na cidade de Paysandú e a 44° em Florida, as mais altas registradas para o mês desde 1961.

Na Argentina, cidades ficaram sem luz e água. Buenos Aires sofreu um blackout e o país teve que importar energia, emergencialmente do Brasil.

Tanto na Argentina como no Paraguai, a seca intensa gerou centenas de focos de incêndio, que devastaram matas e pastagens, além de destruir também lavouras.

No Brasil, o Rio Grande do Sul foi completamente tomado pela onde de calor. No Paraná e em Santa Catarina, este “privilégio” foi das regiões Oeste dos dois estados.

ATÉ QUANDO?

É desanimador olhar as temperaturas previstas pelos sites de meteorologia. Parece que nem a chuva vai amenizar o calorão.

Mas o Simepar dá esperança: máximas baixam para menos de 30° a partir de sexta-feira, 28. E ficam assim por pelo menos sete dias.

Por incrível que pareça, não está sozinho. O CPTEC/Inpe também antecipa temperaturas menos proibitivas a partir do dia 28. Serão três dias de 27°, o que pra iguaçuense é um frescor.

NO PARAGUAI

Como o Paraguai é um país pequeno (tem 406 mil quilômetros quadrados, pouco mais que o dobro do território paranaense), provavelmente é um pouco mais fácil fazer a previsão do tempo para todo o país.

A Direção Nacional de Meteorologia do Paraguai informa que neste domingo e nos próximos dias, as temperaturas vão ficar entre 37° e 43°, com possibilidade de temporais em algumas regiões.

A partir de meados da semana, haverá “precipitações mais importantes quanto a acumulados e áreas atingidas”, segundo o informe.

E a Direção de Meteorologia alerta que, com as chuvas e o aumento da umidade, a sensação térmica ficará ainda mais elevada que a temperatura do ar, principalmente no Leste e no Norte do país.

Pra Ciudad del Este, há previsão de chuva neste domingo, com temperatura semelhante à de Foz: 39° de máxima.

ALERTA VERMELHO EM MISIONES

Obviamente, a situação em Puerto Iguazú, na Argentina, também é essa. A província de Misiones, onde se localiza a cidade de fronteira, está em alerta vermelho pela onda de calor.

A província, por sinal, está pedindo ao governo do país que decrete emergência sanitária para a agropecuária, atingida pela estiagem contínua e por incêndios.

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