Fenômeno, que deve predominar até a entrada de uma nova frente fria, pode trazer riscos à saúde da população.
Se você olhou para o pôr do sol nessa quinta-feira (8) em Foz do Iguaçu, provavelmente notou algo diferente no ar. O tom mais avermelhado do céu, acompanhado por uma espécie de névoa, tem como explicação a fumaça dos incêndios florestais na Amazônia e em partes do Centro-Oeste, trazida pelas correntes de ventos das camadas altas da atmosfera.
O fenômeno, claramente visível nas imagens de satélite, está presente sobre parte do Paraná, Santa Catarina, Paraguai e regiões da Argentina na manhã desta sexta-feira (9), devendo ser dispersado apenas com a entrada de uma nova frente fria, o que deve ocorrer no fim de semana, quando há previsão de chuvas.
No Paraguai, o Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Mades) emitiu um alerta sobre a má qualidade do ar e recomendou à população “o uso de máscaras, especialmente nos grupos sensíveis; fechar janelas de casas e edifícios; evitar atividades físicas ao ar livre; e estar atento aos sintomas de doenças respiratórias”.
No mapa divulgado pelo ministério em seus perfis nas redes sociais, a região limítrofe entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu está enquadrada na área de “alerta amarelo” (de perigo moderado), podendo entrar em “alerta laranja” (de risco potencial para pessoas com problemas respiratórios) conforme a direção dos ventos.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontam que o mês de agosto foi o pior dos últimos 12 anos em queimadas na Amazônia. O dia 22, por sua vez, entrou para as estatísticas como o pior dos últimos 15 anos. Em capitais como Rio Branco, no Acre, a qualidade do ar é avaliada como crítica para a saúde humana e animal.
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