Estrago na Unioeste/Foz causado pelo temporal passa de R$ 2,5 milhões

Valor preliminar não inclui equipamentos danificados; campus busca recursos para a reparação e recebe apoio da comunidade.

Apoie! Siga-nos no Google News

Valor preliminar não inclui equipamentos danificados; campus busca recursos para a reparação e recebe apoio da comunidade.

Levantamento preliminar da direção do campus iguaçuense da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste/Foz) mostra que o temporal do último sábado, 23, causou prejuízo de R$ 2.514.004,05. Esse valor não incluiu possíveis danos nos equipamentos, o que será avaliado pela instituição na próxima semana.

A direção atua em duas frentes. Em uma delas, realiza trabalhos de organização, limpeza e remoção de materiais, bem como ações preventivas na cobertura, antecipando-se a eventuais chuvas nos próximos dias. Na outra, busca recursos para a reconstrução da infraestrutura danificada, que atingiu salas de aula e os prédios de direção, anfiteatro e refeitório.

O diretor-geral do campus da Unioeste/Foz, Fernando José Martins, relatou ao H2FOZ que os telhados foram todos atingidos, em diferentes níveis de intensidade. “Em três blocos, foram arrancados os telhados inteiros, a fiação e o forro. Outros tiveram parte das telhas retiradas pelo temporal”, reportou.

Direção da instituição atua em duas frentes: primeiros serviços e recursos – Foto: Gilvana Giombelli/Unioeste/Foz

Várias vidraças foram quebradas com a força do vento e com o impacto de estilhaços dos telhados. Estruturas em alvenaria também foram afetadas com a queda de árvores sobre os prédios. “Já os equipamentos a gente não consegue mensurar ainda, porque tem muitos que estamos mantendo desligados”, frisou.

Conforme o professor Fernando, foram estimadas fases para se chegar ao conserto total, no início do ano letivo de 2022. “Imediatamente, já está sendo feita uma reparação para evitar danos imediatos. Por exemplo, tem previsão de chuva no final de semana, então estamos tentando tapar os buracos nos telhados”, informou.

Dinheiro para pagar os estragos

Os recursos para a restauração do campus estão sendo pleiteados principalmente ao Governo do Paraná, de acordo com Fernando Martins. “A Superintendência-Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a Seti, sinalizou que irá nos auxiliar. O reitor estará nesta quinta-feira conversando com o superintendente do órgão sobre valores”, anunciou.

As verbas da universidade e do campus, com disponibilidade legal, também já estão sendo empregadas. A Prefeitura de Foz do Iguaçu contribui com serviços voltados a reparos de natureza superficial. A direção do campus também está reunindo-se com a Defesa Civil.
“Estamos envolvendo os três entes federados via Defesa Civil”, explicou Fernando. “Receberemos os representantes municipal, estadual e nacional desse órgão, quando vamos solicitar também o apoio também do governo federal, com esses entes articulados”, expôs.

Em alguns pavilhões do campus iguaçuense da Unioeste, o telhado foi completamente arrancado – Foto: Reprodução Youtube/Vídeo de Antonio Marcos Massao Hachisuca

Apoio e solidariedade

À reportagem, o diretor da Unioeste/Foz destacou a solidariedade recebida das comunidades acadêmica e externa. “Tem sido bastante frequente e espontânea. Temos feito ações coletivas com mutirões e participações com muitas adesões, além de manifestações de apoio de diversos sujeitos”, declarou Fernando.

Enquanto mensura as necessidades prementes, a direção projeta aumentar as ações coletivas a parir da próxima semana. O objetivo é potencializar a participação dos interessados de forma coordenada e sistemática no trabalho de reconstrução da infraestrutura danificada pelo temporal.

Campanha de doação

Ainda de acordo com o docente, assim que estabelecida a forma de custeio do mantenedor da universidade, que é o governo estadual, deverá ser lançado um movimento de solidariedade. Essa iniciativa incluirá doações para a Unioeste/Foz.

“Vamos construir essa estratégia, mas primeiro estamos esgotando as fontes de arrecadação internamente”, pontuou. “A ideia é, em um segundo momento, fazermos um processo de participação ampla, inclusive de doações, junto à sociedade civil”, finalizou Fernando Martins.

LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.