Áreas suspeitas de desflorestamento são monitoradas via satélite e com fiscalização presencial para coibir crimes ambientais.
O Ministério Público deflagrou, nesta segunda-feira, 19, a Operação Mata Atlântica em Pé, ação que ocorre nacionalmente, em 17 estados. No Paraná, além da promotoria, atuam Polícia Ambiental (Força Verde), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Água e Terra (IAT) e Instituto de Criminalística.
São empregados sistemas de monitoramento das áreas via satélite e visitas das equipes a propriedades em que há suspeita de desmatamento. As ações de fiscalização prosseguem até o dia 30 de setembro, com a contabilização das áreas vistoriadas e as infrações identificadas.
Quando constatados crimes ambientais, “os responsáveis são autuados e podem responder judicialmente – nas esferas cível e criminal”, informa o Mistério Público do Paraná (MPPR). Além disso, são aplicadas sanções administrativas relacionadas aos registros das propriedades rurais. É o sexto ano da operação no Paraná.
A expectativa para este ano é um maior alcance da fiscalização com os incrementos tecnológicos, permitindo captura mais ampla de imagens. “Esse refinamento da tecnologia, somado à ampliação dos esforços dos órgãos ambientais, nos permitirá alcançar resultados ainda mais expressivos do ponto de vista do combate aos crimes ambientais”, disse o promotor de justiça Alexandre Gaio, coordenador nacional da operação.
O “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica”, de maio deste ano, revela aumento de 66% de redução do bioma em relação ao ano anterior. “Foram 21.642 hectares de floresta nativa desmatada entre 2020 e 2021 – o equivalente a mais de 20 mil campos de futebol. No período de 2019 a 2020 o registro foi de 13.053 hectares”, contabilizou o MPPR.
No período de 2020 a 2021, cinco estados acumularam 89% de todo o desmatamento identificado pelo atlas: Minas Gerais (9.209ha), Bahia (4.968ha), Paraná (3.299ha), Mato Grosso do Sul (1.008ha) e Santa Catarina (750ha). Esse mapeamento é feito desde 1989, pela Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com órgãos oficiais.
Comentários estão fechados.