Parque registra novo filhote no mês da onça-pintada; assista ao vídeo

Festa na floresta – e fora dela também. Um novo filhote de onça-pintada acaba de ser registrado no Parque Nacional do Iguaçu. Quem teve a sorte do “encontro” foi Jessica Haack, que forneceu o vídeo ao Onças do Iguaçu, projeto de conservação do felino na região.

Veja também:
Onça-parda cruza a pista no acesso ao aeroporto de Puerto Iguazú (vídeo)

O “gatinho” é filho de Angá, que quer dizer afeição, ternura, surpresa agradável. A mamãe onça foi vista pela primeira em 2019 – em março, foi filmada aparentemente prenhe – , com seu irmão, o Sapeca.

Já o novo filhote tem de 5 a 7 meses, segundo estimativa inicial dos pesquisadores. Pelas primeiras imagens, ainda não foi possível saber se é macho ou fêmea.

“Estamos aqui, como sempre, babando de amor por essas onças”, comemorou Yara Barros, bióloga do Onças do Iguaçu. “Ainda não sabemos o sexo do filhote, vamos aguardar que ele apareça nas nossas câmeras para podermos confirmar”, disse.

O registro acontece no mês dedicado à onça-pintada, em que a data é celebrada em 29 de novembro. Em Foz do Iguaçu, ocorre uma cerimônia no Parque Nacional do Iguaçu para apresentar os resultados das ações de conservação do felino.

Censo da onça

Na fronteira, está em andamento o Censo de Onças-Pintadas 2022 para a contagem do número de exemplares do felino no corredor verde que fica entre Brasil e Argentina. O trabalho acontece a cada dois anos.

A iniciativa é realizada pelo Projeto Onças do Iguaçu, que atua no lado brasileiro do Parque Nacional do Iguaçu, e pelo Proyecto Yaguareté, na Argentina. Concluído, será o 12.º levantamento de grande escala.

O objetivo é monitorar a população de onças-pintadas dessa região, ação que é desenvolvida desde 2003. O lema é: “Onde tem onça, tem vida”, já que por ser predador de topo de cadeia a onça-pintada é um indicador da qualidade do ambiente.

No último censo, do biênio 2020–2021, foram estimadas entre 76 e 106 onças-pintadas em toda a região em que está o corredor verde. De 20 a 28 indivíduos viveriam no Brasil, nas matas do Parque Nacional do Iguaçu.