Segunda unidade de conservação criada na história brasileira, em 1939, o Parque Nacional do Iguaçu (PNI) completa 84 anos nesta terça-feira, 10. Para celebrar, a festa contou com bolo e música ao vivo para visitantes, gestores públicos e representantes da sociedade civil organizada.
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A banda Energia Pura deu as boas-vindas a moradores e turistas com um vasto repertório de boa música. Na abertura do evento, a atriz iguaçuense Yoná Castilho contou a história “A tartaruga e a fruta amarela”, que incentiva a educação ambiental.
A comemoração ressaltou a conservação da natureza aliada à experiência e à satisfação da visitação pública na grande reserva de Mata Atlântica que abriga as Cataratas do Iguaçu. Esses são fatores que fazem do PNI referência nacional e internacional.
O Parque Nacional do Iguaçu recuperou 70% dos visitantes do período pré-pandemia. Entre os projetos de conservação, destacam-se áreas intangíveis e a proteção da onça-pintada, com aumento de 71% da sua população no corredor verde compartilhado por Argentina e Brasil.
Os festejos de aniversário coincidem com a concessão para a gestão do turismo no espaço pela Urbia Cataratas, iniciada em 1.º de dezembro de 2022. A operadora prevê R$ 500 milhões em investimentos na infraestrutura nos próximos cinco anos.
Chefe do PNI, José Ulisses dos Santos salientou a importância da unidade para o meio ambiente e a memória. “O parque é relevante não só para a conservação como para a história civilizatória no nosso país, para a relação homem-natureza”, pontuou, no evento dos 84 anos.
“Tem importância, portanto, histórica, simbólica e cultural, é testemunha da riqueza da biodiversidade”, complementou. “Os desafios que temos pela frente são conservar, acolher e ser exemplo para o mundo”, refletiu José Ulisses.
Olhar para frente
O diretor da Urbia Cataratas, Marcelo Skaf, reafirma o que considera ser um “objetivo ousado” de inserir o parque entre os cinco melhores do mundo. Para isso, uma das ações, adiantou, é ampliar a oferta de trilhas para caminhada, passeio de bicicleta e experiências.
“Com projetos e planejamento, deveremos sair de 4km atuais para mais de 40km quilômetros de trilhas para as pessoas caminhares ou andarem de bicicleta”, destacou. “Isso prevendo o turismo como ferramenta de conservação da natureza”, finalizou Marcelo.
A relação com a comunidade do entorno, municípios lindeiros e instituições públicas e privadas foi evidenciada pelo diretor da Urbia Cataratas, Adélio Demeterko. O gestor enfatizou a importância do diálogo e participação.
“Não se faz nada sozinho, ainda mais se tratando da gestão da visitação de um parque dessa importância”, declarou. “Nossos colaboradores, a comunidade, entidades e poder público são parceiros que nos ajudam a fazer do Parque Nacional do Iguaçu a referência que é”, apontou Adélio.
“Turismo em festa”
O secretário municipal de Turismo e Projetos Estratégicos, Lourenço Kuerten, relacionou a festa de 84 anos do parque ao bom momento do turismo na região. Ele considera os “resultados fantásticos”, que estão atingindo o nível anterior à pandemia. “O turismo está em festa”, disse.
Segundo ele, 2023 deverá ser um ano ainda melhor para o setor, e os recursos em melhorias na unidade de conservação são animadores. “A gente vê com muito bons olhos os investimentos de R$ 500 milhões previstos nessa nova infraestrutura”, comemorou Lourenço, destacando que a iniciativa privada está investindo em Foz do Iguaçu também fora do PNI.
PRESENÇAS – Participaram da solenidade, também, a secretária municipal de Meio Ambiente, Angela Meira; presidente do Visit Iguassu, Felipe Gonzalez; presidente do Sindhotéis, Marcelo Martini; secretário do Codefoz, Carlos Silva; ex-chefes e servidores do Parque Nacional do Iguaçu, empresários e agentes públicos de Foz do Iguaçu.
Comemoram o aniversário porém ainda não tem filtros de água. Vender garrafa descartável em unidade de conservação não faz o menor sentido