Parque das Aves realiza ação pelo Dia do Papagaio, no Gramadão da Vila A

Famílias puderam observar e aprender sobre as aves; iniciativa demonstrou a importância do combate ao tráfico de animais.

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Em homenagem ao Dia Nacional do Papagaio, o Parque das Aves organizou uma exposição com mais detalhes sobre os animais. Além disso, promoveu a observação dessas aves em um dos pontos onde elas mais aparecem em Foz do Iguaçu: o Gramadão da Vila A.

Ao lado da concha acústica, crianças e adultos participaram de atividades educativas e lúdicas. A exposição tinha penas, crânios, réplicas de patas em biscuit e pinturas. Quem também marcou presença foi o mascote do papagaio Chauá. Tudo com um foco maior nas crianças, “porque são elas que vão gerar a mudança”, disse Gabriela Possato, supervisora pedagógica de educação para conservação.

Mascote Chauá. Foto: Marcos Labanca

As árvores do Gramadão servem como dormitórios para os papagaios, e por volta das 18h os animais aterrissaram lá. A organização disponibilizou binóculos para quem quisesse enxergar mais de perto, mas era possível vê-los mesmo de longe.

Exposição sobre papagaios. Foto: Marcos Labanca

Além de ser uma atitude de educação ambiental, a ação foi em conjunto com a campanha “Diga não ao tráfico”. “A família dos papagaios, dos psitacídeos em geral, são vítimas constantes de tráfico e maus-tratos”, explicou Possato.

Papagaios nas árvores. Foto: Marcos Labanca

Crimes ambientais

A Lei 9.605 estabelece que a captura, comercialização e compra de animais é crime e prevê a detenção de seis meses a um ano. A pena pode ser aumentada se houver incidência de maus-tratos ou se for um animal em risco de extinção.

Nos casos em que a pessoa tenha um animal silvestre não autorizado, é possível realizar a entrega voluntária, sem receber nenhuma punição, informou Paloma Bosso, diretora-técnica do Parque das Aves. No Paraná, o órgão responsável é o Instituto Água e Terra (IAT).

O comércio ilegal de animais é a terceira maior atividade ilícita do mundo, movimentando anualmente de US$ 1 trilhão a US$ 2 trilhões, de acordo com um levantamento da ONU. Fica atrás apenas do comércio ilegal de drogas e de armas.

No Brasil, estima-se que 38 milhões de animais sejam traficados anualmente, e a denúncia é o melhor combate. “Tem pessoas que se sensibilizam e compram o animal para tirar dessa situação, mas nesse caso o traficante vê que tem saída”, disse Bosso. Em média, de cada dez animais que são traficados, apenas um chega vivo até o comprador.

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