Itaipu Binacional e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deram início, neste mês de março, ao mais completo inventário florestal já produzido por uma hidrelétrica no Brasil, tendo como objeto de estudo a faixa de proteção localizada no extremo-oeste do Paraná.
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A meta, segundo Itaipu, é conhecer a biodiversidade da região e compreender melhor a paisagem regional. O trabalho terá duração de seis anos e envolverá 15 pesquisadores de duas unidades da Embrapa: a Embrapa Florestas, de Colombo (PR), e a Embrapa Instrumentação, de São Carlos (SP).
Todos os elementos que compõem a faixa de proteção do reservatório de Itaipu e que contribuem para os serviços ambientais fornecidos pela vegetação serão avaliados, como a atividade enzimática do solo, espécies de fauna e flora, serrapilheira, necromassa, interações antrópicas e posição na paisagem.
Além disso, de forma experimental, três espécies de árvores da área serão selecionadas para uma análise de DNA e comparação com indivíduos de vegetações próximas, para avaliar o grau de diversidade genética.
O conhecimento produzido será compartilhado com as equipes de Itaipu, por meio de encontros e workshops, além de futuras publicações científicas.
Os resultados esperados incluem avaliar o grau de conservação e conectividade da faixa, incrementar a metodologia de Itaipu para a quantificação do carbono estocado na floresta e definir diretrizes de monitoramento e gestão, com base em critérios ecológicos e nas tecnologias mais atuais.
O primeiro inventário florestal feito pela hidrelétrica na região ocorreu entre os anos de 1974 e 1976, ainda antes da formação do lago. Os dados levantados foram usados, posteriormente, no programa de restauração da faixa de proteção.
(Com informações de Itaipu Binacional)
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