Uma audiência pública marcada para esta sexta-feira, dia 24 de maio, às 18h30, no plenário da Câmara de Vereadores, vai levar a debate os impactos da Perimetral Leste em Foz do Iguaçu.
Proposta pelo vereador Dr. Freitas (PSDB), a audiência pretende discutir a falta de trincheiras e viadutos no percurso da rodovia. Ele disse que fez a convocação porque muitos moradores reclamam das consequências da obra. “Vai meio que separar uma parte da cidade, prejudicando quem mora no entorno”, ressaltou.
Embora seja bastante aguardada pela população de Foz do Iguaçu, a obra da Perimetral Leste tem causado transtornos, principalmente pela falta de diálogo com moradores, antes de sua execução, e de transparência quando o assunto é estudo de impacto ambiental.
Reportagens publicadas por este portal mostram a insatisfação da população da região do São Roque, Jardim Vitória, Cognópolis e Mata Verde, bairros situados nas regiões Leste e Sul da cidade.
Perimetral Leste divide bairros e causa impacto ambiental em Foz (h2foz.com.br)
Meio ambiente
Entre as preocupações, além da divisão de bairros por falta de trincheiras e viadutos, está o impacto ambiental. Muitas nascentes e banhados situados na Região Leste estão sendo literalmente “atropelados” pela obra, o que futuramente pode causar problemas.
Na região do Cognópolis, os moradores já estão preocupados com a circulação de veículos pesados, que danificam a Avenida Felipe Wandscheer, e o constante alagamento de áreas mais baixas devido à falta de drenagem, situação que pode agravar-se. Algumas nascentes também foram atingidas com a obra.
No Jardim Vitória, os moradores reivindicam a construção de trincheira para que o bairro não fique dividido e ocorra impacto no comércio local. Na Mata Verde, os transtornos já são visíveis pela falta de sinalização da obra e a necessidade de os moradores percorrerem um trajeto maior para chegar em casa.
Obra da Perimetral Leste deixa moradores do Mata Verde ilhados – H2FOZ
Na lista de entidades que irão pronunciar-se na audiência estão o Consórcio JL/Planaterra/Iguatemi, Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e Parque Nacional. A Itaipu e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ainda não confirmaram.
Boa tarde, A reportagem sequer cita o bairro Floratta!!! Muito triste.
Não bastasse a demora da conclusão dessa obra, as inúmeras árvores, que foram derrubadas, os transtornos que tal obra vem causando, o desrespeito às leis ambientais, e, ainda ilhando diversos bairros e pessoas, prejudicando o comércio e o simples direito de ir e vir dessas comunidades. Talvez por tais motivos, tal obra ainda não ter saído do papel… me estranha os institutos ambientais e até o MP, não terem entrado com pedido de paralisação dessa obra. A se pensar: nascentes e mananciais estão sendo aterrados, vindo a prejudicar o tão já precário fornecimento de água, em nossa cidade. Até que enfim, alguma liderança resolveu agir, convocando os setores responsáveis e a comunidade em busca de soluções!