Há mais de duas décadas, escola funciona embaixo de arquibancadas à espera de uma sede em Foz do Iguaçu

Pais e alunos da Vila Yolanda aguardam construção de novo prédio. Prefeitura escolheu o terreno de uma praça para fazer a obra, o que implica derrubada de árvores.

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Há mais de duas décadas, crianças de 6 a 11 anos da Vila Yolanda têm aulas embaixo de arquibancadas do Estádio Pedro Basso, conhecido por Flamenguinho. É lá que os professores, em salas improvisadas, alfabetizam os alunos e os preparam para o ensino médio.

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Sem biblioteca e quadra coberta e com sala de professores improvisada, a Escola Municipal Professora Lúcia Marlene Pena Nieradka iniciou as atividades no pátio da Igreja Perpétuo Socorro em 1999, na gestão do ex-prefeito Harry Daijó. Em 2002, foi cedido um espaço improvisado no estádio, que acabou tornando-se permanente.

Ao longo dos últimos anos, os inúmeros prefeitos eleitos não conseguiram dar uma solução ao problema. A possibilidade de construir um outro prédio começou a ir adiante apenas em 2019, em uma reunião de orçamento participativo.

Salas ficam embaixo das arquibancadas e barulho atrapalha aulas. Foto: Marcos Labanca/H2Foz

Diretora da instituição, Daiane Palma diz que a atual localização da escola atrapalha as aulas. Como as salas ficam muito próximas da rua, o barulho dos veículos é um problema. O mesmo ocorre quando há jogos no estádio. Toda movimentação da torcida na arquibancada repercute nas salas, conta.

A escola tem hoje cerca de 200 alunos. Na hora da saída, os estudantes são divididos em dois grupos para deixar o prédio por meio de dois diferentes portões para evitar tumulto e aglomeração.

Mãe de aluno, Ângela Berlanda menciona ser preciso acelerar a construção do prédio porque famílias estão sendo prejudicadas. Em relação ao terreno escolhido pela prefeitura para a escola, na Praça das Aroeiras, no Jardim Social, ela considera não ter outra opção. “Não nos foi dada uma outra opção”, informa.

Refeitório é improvisado. Foto: Marcos Labanca/H2Foz

Ângela ainda alega que os moradores não são inimigos da natureza, apenas querem uma solução.

Moradores do Jardim Social são contrários à decisão da prefeitura e frisam que há outros terrenos na região para fazer a escola. Eles ingressaram com ação na Justiça para interromper o processo, e o caso não teve solução ainda. Apesar disso, a gestão municipal abriu a licitação para realizar a obra.

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1 comentário
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