Cientistas argentinos fazem pesquisa com onças mãe e filha na fronteira

Moradoras das matas na região de Puerto Iguazú, Elecha (mãe) e Ararokái (filha) passaram por exames e receberam colares de monitoramento.

Cientistas do projeto Yaguareté, da Argentina, deram início a uma nova pesquisa com a população de grandes felinos na fronteira. Duas onças-pintadas, mãe e filha, estão sendo monitoradas ao mesmo tempo, como forma de conhecer seus hábitos.

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A captura simultânea das onças Elecha (mãe) e Ararokái (filha), que vivem em áreas de mata na região de Puerto Iguazú, recebeu autorização dos órgãos ambientais da província de Misiones.

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Conforme dados da última contagem, região de fronteira entre Brasil e Argentina abriga cerca de cem onças.
Conforme dados da última contagem, região de fronteira entre Brasil e Argentina abriga cerca de cem onças. Foto: Gentileza/Proyecto Yaguareté

De acordo com os dados, Elecha tem aproximadamente 15 anos e circula por uma parte específica de floresta na Argentina pelo menos desde 2014. Já a filhote nasceu há cerca de um ano, mas já exibe tamanho parecido com o da mãe.

Sedadas, as duas onças passaram por exames para verificação de seu estado de saúde e receberam um colar de monitoramento. Além disso, os cientistas fizeram a extração de material genético para a ampliação do banco de dados da província.

“O colar permitirá estudar os deslocamentos das onças em um ambiente fragmentado de mata nativa, onde existem diversos usos da terra”, explicam os pesquisadores.

“Também permitirá avaliar e melhorar as estratégias de manejo para evitar possíveis ataques de onças ao gado doméstico, permitindo uma melhor coexistência”, afirmam.

Onças na fronteira

A ação com as onças teve a participação de técnicos do Instituto de Biodiversidade de Misiones e de veterinários do refúgio Güirá Oga, de Puerto Iguazú.

Participaram, ainda, representantes do Ministério da Ecologia de Misiones, bem como funcionários de uma propriedade rural da Argentina.

O projeto Yaguareté é uma parceria entre o Centro de Investigações do Bosque Atlântico (CeIBA) e o Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet).

Os estudos com felinos acontecem dos dois lados da fronteira, no Brasil e na Argentina. No lado brasileiro, o projeto Onças do Iguaçu executa ações no Parque Nacional do Iguaçu e em áreas do entorno.

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