O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ainda não definiu o destino das árvores suprimidas durante as obras de duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469) em Foz do Iguaçu. Após serem retirados, os troncos foram depositados na área da aduana brasileira que dá acesso à Argentina.
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Depois de ficar vários meses à mostra para os turistas e a população de Foz na frente do Hotel Carimã, os troncos ainda chamam atenção de quem cruza a fronteira a caminho de Puerto Iguazú.
O destino final deles depende de avaliação do DNIT. No início de agosto, a autarquia publicou uma portaria que autoriza a formação de uma comissão para avaliar a destinação da madeira suprimida na BR-469. O próprio DNIT optou por retirar os tocos da Rodovia das Cataratas e deixá-los na área da aduana.
Questionamentos
O Coletivo Ambiental de Foz do Iguaçu chegou a fazer uma carta destinada a diversas autoridades questionando o motivo dos troncos ficarem expostos. Conforme o documento, as árvores cortadas geram uma péssima impressão aos visitantes. Também “contrapõem a imagem que Foz do Iguaçu almeja como um destino sustentável e ambientalmente consciente”.
O grupo ainda cobra um plano de arborização e mitigação climática, considerando que Foz do Iguaçu aderiu aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Os ambientalistas pedem atenção quanto aos impactos da iluminação noturna da futura via, levando em conta que a poluição luminosa afeta o ecossistema e a biodiversidade, além de perturbar hábitos dos animais. Outros questionamentos se referem à poluição visual de outdoors e à política de sinalização, que deve priorizar a segurança de motoristas, ciclistas e pedestres.
Obra
Com as obras, a Rodovia das Cataratas terá duas pistas em ambos os sentidos com 3m60 de largura em cada faixa. Estão previstos três viadutos, um em frente ao Condomínio Ritz Cataratas, outro próximo ao Movie Cars e o terceiro no acesso ao aeroporto. Uma ponte sobre o Rio Tamanduá também será construída.
A obra compreende um total de 8,7 quilômetros do trevo da Argentina até o portão do Parque Nacional do Iguaçu (clique aqui para saber mais)
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