
Neste momento abandonado, o Bosque Guarani será submetido à consulta pública apresentada pela prefeitura. O objetivo é a “discussão da proposta de plano de manejo e ampliação do Parque Natural Municipal (PNM)” da área.
Conduzida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), a consulta será on-line e presencial. Conforme a municipalidade, o plano de manejo é o documento técnico que define o zoneamento e as normas de uso do espaço.
Essa diretiva inclui a forma de conservação dos recursos naturais. E “inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da Unidade de Conservação (UC)”, descreve a secretaria.
Consulta pública on-line
Período: até 7 de março, às 18h
Forma de participação: envio de formulário eletrônico para dvpucfi@gmail.com, com documento acessível em: https://www5.pmfi.pr.gov.br/publicacao-1608.
Consulta presencial:
Data: 7 de março
Horário: das 14h às 18h
Local: Centro Integrado de Desenvolvimento Regional (Rua Padre Montoya, 490, 2.º andar, centro – sede da ACIFI)
Uso do Bosque Guarani
Conforme a Secretaria do Meio Ambiente, a minuta do plano de manejo e as informações complementares necessárias para a consulta estão publicada aqui: https://www5.pmfi.pr.gov.br/publicacao-1608.
Dúvidas podem ser encaminhadas para o e-mail dvpucfi@gmail.com.
Unidade de conservação
O Bosque Guarani foi convertido, por lei municipal, em unidade de conservação em abril de 2023. Na prática, a norma não foi efetivada até o momento, permanecendo no papel como outros instrumentos municipais vitais à proteção ambiental.
Criado em 1996, o Bosque Guarani abrigou mais de 150 animais, área que foi desativada em 2021, com as espécies transferidas para outros locais. A unidade está fechada desde a gestão do ex-prefeito Chico Brasileiro (PSD).
Em sua trajetória, o bosque alia visitação de moradores, turistas, conservação e educação ambiental. Destaque para a gratuidade, que – junto com a localização, na frente do terminal de ônibus e em região central – proporciona a visitação de famílias dos estratos populares – bem como, durante a semana, trabalhadores do comércio e de serviços.
Prestes de completar 30 anos, em 2026, o Bosque Guarani é um oásis verde, privilégio para cidades que contam com tais áreas em regiões acessíveis à população. Constitui um remanescente de vegetação nativa em 4,2 hectares.
De ipês a araucárias
Em um passeio pela mata, é possível encontrar cedro, ipê-roxo – árvore símbolo de Foz do Iguaçu –, canjarana, ingá, louro-pardo, canafístula caroba, embaúba e muitas outras. Registra-se também plantação de árvores jovens, de perobas a araucárias.
Em meio a incertezas quanto à reabertura e ao futuro do Bosque Guarani, moradores, ativistas ambientais, professores, pesquisadores e ambientalistas acompanham de perto as propostas para a área. Entre os receios estão eventuais restrições à conservação e à comunidade em favor da atividade turística.
Uma vergonha o que fizeram com o bosque, era um dos poucos lugares gratuitos que as pessoas podiam frequentar. Foz deveria aprender com cidades como Cascavel e Curitiba a como promover lazer para seus moradores com parques.