Biólogos avistam tamanduá-bandeira em floresta na fronteira

Localização ocorreu em uma das áreas de proteção mantidas por Itaipu no Paraguai; animal é pouco comum na região.

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Biólogos e funcionários da Divisão de Áreas Protegidas de Itaipu avistaram, em uma reserva mantida pela binacional no lado paraguaio da fronteira, um exemplar de tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), animal considerado raro na região. A presença do mamífero foi tida como indicativo de bom estado do ecossistema.

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Característico do Cerrado e da Mata Atlântica, o tamanduá-bandeira é mais comum nas áreas do Centro-Oeste brasileiro. Sua alimentação é composta por insetos, sendo capaz de ingerir até 60 mil cupins e formigas por dia. O tamanduá também é considerado um precursor na abertura de trilhas, posteriormente usadas por outros mamíferos.

Animal consome até 60 mil cupins e formigas por dia. Foto: Walter Ernesto Groehn Vergara/Itaipu Binacional
Animal consome até 60 mil cupins e formigas por dia. Foto: Walter Ernesto Groehn Vergara/Itaipu Binacional

“Encontrar um animal desse porte numa área protegida de Itaipu demonstra que as florestas da usina proporcionam alimento, segurança e abrigo para espécies ameaçadas, promovendo vida silvestre nos refúgios”, destacou o médico-veterinário Pedro Henrique Ferreira Teles, citado pela assessoria de Itaipu.

Por questões de segurança, Itaipu optou por não divulgar o nome da área protegida em que o animal foi avistado, como forma de protegê-lo de possíveis caçadores. A empresa mantém cerca de cem mil hectares de mata preservada, no Brasil e no Paraguai, na faixa que vai de Foz do Iguaçu/Hernandarias a Mundo Novo/Salto del Guairá.

A sobrevivência do tamanduá-bandeira é constantemente colocada em risco pela perda e degradação de seu habitat, além de fatores como caça ilegal, incêndios e atropelamentos. A espécie está na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), com grau de risco de extinção.

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