Biólogos e funcionários da Divisão de Áreas Protegidas de Itaipu avistaram, em uma reserva mantida pela binacional no lado paraguaio da fronteira, um exemplar de tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), animal considerado raro na região. A presença do mamífero foi tida como indicativo de bom estado do ecossistema.
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Característico do Cerrado e da Mata Atlântica, o tamanduá-bandeira é mais comum nas áreas do Centro-Oeste brasileiro. Sua alimentação é composta por insetos, sendo capaz de ingerir até 60 mil cupins e formigas por dia. O tamanduá também é considerado um precursor na abertura de trilhas, posteriormente usadas por outros mamíferos.
“Encontrar um animal desse porte numa área protegida de Itaipu demonstra que as florestas da usina proporcionam alimento, segurança e abrigo para espécies ameaçadas, promovendo vida silvestre nos refúgios”, destacou o médico-veterinário Pedro Henrique Ferreira Teles, citado pela assessoria de Itaipu.
Por questões de segurança, Itaipu optou por não divulgar o nome da área protegida em que o animal foi avistado, como forma de protegê-lo de possíveis caçadores. A empresa mantém cerca de cem mil hectares de mata preservada, no Brasil e no Paraguai, na faixa que vai de Foz do Iguaçu/Hernandarias a Mundo Novo/Salto del Guairá.
A sobrevivência do tamanduá-bandeira é constantemente colocada em risco pela perda e degradação de seu habitat, além de fatores como caça ilegal, incêndios e atropelamentos. A espécie está na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), com grau de risco de extinção.
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