E o Rio Paraná é um triste exemplo: o nível das águas baixou tanto a montante (acima) quanto a jusante de Itaipu.
Das 86 estações telemétricas próprias do Instituto Águas e Terra (IAT), somadas a outras de hidrelétricas, que monitoram os 51 rios paranaenses, apenas quatro estão marcadas com a cor verde. Essa cor indica um nível maior do que a cota média normal.
Todas as demais estão assinaladas em vermelho, como as da Bacia do Paraná 3, que envolve o Rio Paraná e seus afluentes. Os rios estão baixos, cada vez com menos água.
O Rio Paraná, pela sua importância continental, já que forma a Hidrovia Tietê-Paranã, no Brasil, e faz parte da Hidrovia do Prata, que liga Bolívia, Paraguai e Argentina aos portos de exportação e importação, vive a pior crise dos últimos 91 anos.
A jusante (abaixo) de Itaipu, o Rio Paraná está pelo menos 10 metros inferior ao seu nível normal.
Águas acima, a situação não é diferente. Em Guaíra, a cota do rio está em 100 centímetros, quando a cota média é de 137 centímetros.
No distrito de Novo Três passos, em Marechal Cândido Rondon, a régua mede 108 centímetros exatos; o normal seria 118.
O Rio São Francisco Falso, que deságua no reservatório de Itaipu, está em 6 centímetros. A cota média é de 84 centímetros.
ON LINE
A medição é atualizada on line pelo IAT toda quinta-feira, que é de quando se referem os números acima.
O serviço também mostra a quantidade de chuvas. Em uma semana, da outra quinta a esta, choveu apenas 1,8 milímetro sobre a área da usina de Itaipu.
O monitoramento on line de todos os rios paranaenses pode ser conferido no site Hidroinfoparana
Segundo informa a Agência Estadual de Notícias, a ferramenta criada pelo IAT com dados sobre o nível dos rios paranaenses completou esta semana um ano de operação, com 4.500 acessos.
A chefe do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação do IAT,Jaqueline Dorneles, diz que a informação on line “é uma forma, também, de cumprir com o nosso papel de oferecer transparência com a população, mesmo porque a ajuda da sociedade é fundamental para superar a crise hídrica que vivemos atualmente”.
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