PIX, cartão, queda de luz: informação é a arma do consumidor contra golpes e danos

Conheça o mecanismo de devolução para PIX; assista à entrevista com Claudinéia Pliacekos, diretora do Procon em Foz do Iguaçu.

Da fatura de luz à roupa que é usada, em tudo há relações de consumos. A informação sobre os direitos é arma do consumidor contra golpes e danos, enfatizou a diretora do Procon em Foz do Iguaçu, Claudinéia Pliacekos, no Marco Zero, programa do H2FOZ e Rádio Clube FM 100,9.

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Assista à entrevista na íntegra:


E os golpes são muitos. Sistema que deu dinamismo e praticidade às relações financeiras entre pessoas, empresas e instituições, o PIX é um dos mais visados, o que inclui os surrados “WhatsApp clonado”, atendimento bancário e QR code falsos, assim como o “bug do PIX”.

Para todas as situações, a dica de ouro ao consumidor é: desligue o telefone na hora e entre em contato com o banco. Mas, ao perceber que fez transferência por PIX equivocada ou que caiu em golpe, a pessoa deve solicitar à sua instituição financeira o mecanismo especial de devolução (MED).

“Imediatamente, entre em contato com o seu banco, via chat ou 0800, ou corre para a agência se for durante expediente, e solicita o MED”, orientou a gestora. “Não tem como o banco negar, é um direito do consumidor, e muitos aplicativos já permitem fazer essa solicitação.”

“Idosos assaltados”

Ao Marco Zero, Claudinéia Pliacekos explicou que entre as reclamações que mais chegam ao Procon de Foz do Iguaçu está o empréstimo consignado não solicitado. “Os idosos estão sendo assaltados”, ressaltou, na entrevista.

Segundo ela, pipocaram correspondentes financeiros no município, nem todos guiados pela ética e a legislação. Pessoas idosas sofrem verdadeiros estelionatos, comprometendo a renda com pagamento de empréstimos a juros abusivos que não solicitaram.

“Ligam para o consumidor idoso, e o empréstimo é feito por telefone. Eles são enganados. Dizem ter um valor para a pessoa idosa receber e que é preciso fazer o contrato. Saem com um consignado e, no mínimo, dois cartões. Isso leva a um refinanciamento, antes mesmo de ele descobrir que ‘fez’ o financiamento”, advertiu Claudinéia.

O assunto, relatou, foi levado pelo Procon a instâncias federais e estaduais. Agora, a instituição elaborou projeto que está em trâmite na Câmara de Vereadores para coibir tal prática. “O dinheiro que entrar na conta, e que a pessoa não solicitou, deverá ser transformado em amostra grátis”, disse, como forma de coibir os financiamentos arbitrários.

Serviço da Copel

Outra questão que atualmente tira o sono da defesa do consumidor em Foz do Iguaçu são as frequentes quedas de energia elétrica fornecida pela Copel. O Procon atua no caso, mas encontra dificuldades, porque as reclamações se dão em redes sociais e veículos de imprensa, porém não são formalizadas ao órgão.

“É preciso fazer a reclamação junto ao Procon, para que tenhamos embasamento”, reiterou. Conforme Claudinéia Pliacekos, avolumam-se casos em que consumidores perderam produtos, inclusive em empresas, devido à interrupção de energia, ou seja, todo o verão, o que vem intensificando-se desde setembro do ano passado na cidade, resgatou.

Dia do Consumidor

No âmbito da sua atribuição educativa, o Procon de Foz do Iguaçu promove uma ação na comunidade, para celebrar o Dia do Consumidor, em 15 de março. A mobilização, juntamente com instituições parceiras, será na esquina da Avenida Brasil com a Quintino Bocaiuva, com a distribuição de material informativo e diálogo para orientação e esclarecimentos.

Serviço on-line e no WhatsApp

O consumidor pode demandar serviços do Procon de forma on-line, em https://efoz.pmfi.pr.gov.br/servico-169, ou pelo WhatsApp (45) 99820-0235, para orientação. Outra opção é a plataforma nacional consumidor.gov.br, em que o serviço também é gratuito.

Dicas para evitar golpes nas relações de consumo:

  • dinheiro não “cai do céu”, desconfie de ofertas muito atraentes;
  • produtos muito baratos devem ser analisados com rigor;
  • promoções consideradas “imperdíveis” nas redes sociais podem ser golpe;
  • tenha cautela sempre e não se permita impulsos;
  • a reputação da empresa é uma aliada para evitar perdas: a plataforma Reclame Aqui ajuda a identificar eventuais reclamações;
  • exija sempre a nota fiscal;
  • nas compras pela internet, prefira sites conhecidos – conte com o prazo de arrependimento, se preciso, de até sete dias.
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