A visita virtual é uma iniciativa do curso de Enfermagem da Unioeste/Foz, mantida no Hospital Municipal. Assista à entrevista.
A falta de contato entre pessoas com covid-19 internadas na UTI e seus familiares torna o processo de tratamento ainda mais dramático. Para atenuar essa condição, professores e estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste/Foz) estão promovendo visitas virtuais no Hospital Municipal.
Assista à entrevista:
A coordenadora do projeto, prof.ª dr.ª Mara Cristina Ripoli Meira, e a voluntária Fabiana Bezagio, acadêmica do 3º ano de Enfermagem, participaram do Marco Zero nesse sábado, 24. O programa é produzido por meio de parceria entre o H2FOZ e a Rádio Clube FM.
O Marco Zero é um programa conjunto produzido pelo H2FOZ e Rádio Clube FM. Entrevista, opinião, enquete, entretenimento, esporte, cultura e agenda. Todo sábado, das 10h às 12h. Participe do grupo no Whatsapp para receber as novidades. https://bit.ly/3ws5NT0
Usando celulares, os pacientes são conectados a membros da família que estão em Foz do Iguaçu ou mesmo em localidades distantes. A docente explicou que a iniciativa se baseou no trabalho mantido pela enfermeira Karin Aline Zilli, chefe da UTI do Hospital Municipal, que usava o seu próprio telefone para essa interação, mas a profissional não conseguia atender à demanda.
Pacientes e familiares são preparados e orientados antes das visitas virtuais. Hoje, cinco acadêmicos atuam no projeto, e outros cinco serão integrados assim que cumprirem o período de imunização da vacina contra a covid-19. Os celulares foram doados por um empresário iguaçuense, e a Itaipu Binacional deverá repassar outras unidades.
“O objetivo do projeto é trabalhar a parte emocional dos pacientes e familiares, isso com base em uma metodologia e critérios científicos”, frisou a professora Mara. “A família relata que fica muito mais tranquila depois de ver o ente querido. E verificamos melhora do paciente por meio de seus parâmetros, que são acompanhados”, expôs.
“Temos que investir nesse lado humanizado da assistência”, apontou a educadora. “Precisamos nos colocar no lugar das famílias, enxergar como é difícil deixar um ente no hospital e depois não ter mais contato. Isso com uma doença tão grave, com tantos desfechos tristes de óbitos”, ponderou Mara.
A universitária da Unioeste/Foz Fabiana Bezagio detalhou como os acadêmicos executam o projeto e a gratificação humana pelos resultados obtidos. “Vamos até o leito, entramos realmente no quarto dos pacientes. Então, abordamos o paciente, independentemente dele estar consciente ou não, e fazemos o contato com a família”, descreveu.
“São pacientes que estão bem graves, muitos deles jovens. Faço ligações para pessoas que são da idade da minha mãe, do meu irmão. Isso mexe um pouco com nosso emocional”, relatou. “Mas o sentimento de gratidão sobressai, pois nós estamos fazendo a ponte do paciente com a sua família”, declarou Fabiana.
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