Frio, fome e situação de rua. Projeto Sopão busca apoio para ajudar quem precisa

Além da Kombi da sopa, que corta a cidade nas noites e madrugadas, voluntários produzem pão todos os dias para uma comunidade popular; assista à entrevista com Johnson Mateus.

Além da Kombi da sopa, que corta a cidade nas noites e madrugadas, voluntários produzem pão todos os dias para uma comunidade popular; assista à entrevista com Johnson Mateus.

Na noite fria, pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade contam com uma refeição, banho quente e cobertores. Na comunidade do Portal da Foz, quase cem pessoas cadastradas recebem pão produzido no barracão erguido e instalado pelos próprios voluntários. São algumas ações do Projeto Sopão – Anjos da Madruga, para atender quem mais precisa em Foz do Iguaçu.

São atendidas centenas de pessoas semanalmente, incluindo idosos, crianças e mulheres. Para manter o trabalho solidário, o projeto conta com ajuda da população, que pode doar qualquer valor, cestas básicas, gêneros alimentícios e cobertores. Outra forma de colaborar é fazer a doação aos voluntários vestidos de personagens que realizam a coleta nos semáforos.

O coordenador do projeto, Johnson Mateus Santos, falou sobre a importância da solidariedade e refletiu sobre as condições e as políticas públicas destinadas à população vulnerável iguaçuense no Marco Zero, programa do H2FOZ e da Rádio Clube FM. Em 2022, a iniciativa chega à maioridade, completando 18 anos.

Assista à entrevista:

Um dos trabalhamos mais conhecidos é o que leva sopa para pessoas em praças, imóveis abandonados, vias públicas, terminal de ônibus e favelas. A Kombi percorre 80 quilômetros, duas a três vezes por semana, com o alimento pronto que foi preparado pelos próprios voluntários do projeto.

Na entrevista, o voluntário afirmou que pretende ampliar as ações, com atividades no Ginásio Sebastião Flor, na região da Marinha. “A ideia é fazer a Noite Solidária, com sopão, café com leite e pão no ginásio. Temos um ofício tramitando, mas até agora não obtivemos resposta”, revelou.

Para ajudar, entre em contato: (45) 99904-9733. Caso queira doar pelo Pix: 09.333.897/0001-40 (CNPJ do Projeto Anjos da Madrugada).

Ele apontou que em algumas cidades ocorre o incentivo para que pessoas em situação de rua venham para a fronteira. Também fez comparações entre os equipamentos de atendimento em Cascavel e Foz do Iguaçu. “Cascavel, quantas geladeiras solidárias? Três. E em Foz? Tinha uma que foi desativada”, disse Johnson.

O responsável pelo Projeto Sopão falou que há uma diferença entre as pessoas que vivem ou estão em situação de rua em Foz do Iguaçu. Segundo ele, essa população é formada de alguns moradores de rua e dependentes/usuários de drogas, os quais precisam ser diferenciados nas abordagens de apoio, além do contingente de pessoas em extrema pobreza.

Para o voluntário, ajudar outro ser humano é uma obrigação moral e cidadã de cada pessoa. Ele rebate quem o critica pelo trabalho junto aos mais necessitados, o qual estimularia a permanência dessas pessoas nas ruas. “Quem quer ficar na rua com esse frio? Há dois mil anos atrás, a Bíblia relata que já existia morador de rua. Estamos fazendo a nossa parte e correndo pelas próprias pernas”, finalizou Johnson Mateus Santos.

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