Alagamentos que chegam a mais de 1 metro de altura, falta de estrutura e lentidão no processo de regularização são alguns problemas apontados.
A Ocupação Bubas acaba de completar oito anos, mas os problemas enfrentados pelos moradores parecem estar longe de terminar. Em entrevista ao programa Marco Zero, do H2FOZ e da Rádio Clube FM, a moradora Ariodani Leal, que integra a diretoria da associação comunitária, enumera as carências e desafios da comunidade.
Assista à entrevista:
Os alagamentos são um dos problemas mais graves. Quando chove, conta Ariodani, a água chega a atingir as janelas das casas, a cerca de 1m50 de altura. Moradores perdem móveis, alimentos, roupas e outros pertences. A água da chuva se junta aos dejetos das muitas fossas feitas na ocupação.
O Marco Zero é um programa conjunto produzido pelo H2FOZ e Rádio Clube FM. Entrevista, opinião, enquete, entretenimento, esporte, cultura e agenda. Todo sábado, das 10h às 12h. Participe do grupo no Whatsapp para receber as novidades. https://bit.ly/3ws5NT0
“Estamos com um problema bem sério. A fossa transborda e mistura com a água da chuva. Além do mau cheiro insuportável, tem o risco de doenças, da dengue”, comenta a líder comunitária. “A pessoa tem que conviver com isso, porque ela não tem como fazer um piso ou levantar a casa para a água não pegar”, relata.
As chuvas de janeiro, em volume acima da média, castigaram a comunidade. “Se você perde o pouco que tem, é uma das piores realidades. É cama perdida, geladeira queimada”, narra Ariodani. “Tem criança andando na água contaminada, podendo ficar doente, mulher grávida, idosos”, explica.
Ela questiona o poder público. “A prefeitura não tem feito nada, nem uma visita. Estamos praticamente abandonados pelo poder público”, ressalta. “Nos últimos alagamentos, nenhum vereador apareceu. Na campanha, sim, tinha até pessoas que a gente nunca havia visto. Só as vi na época das eleições, depois nunca mais”, cobra Ariodani Leal.
A integrante da associação comunitária do Bubas reclama da distância do posto de saúde, da falta de estrutura e da demora no processo de regularização da ocupação. E com o fim do auxílio emergencial as coisas pioraram: “80% das pessoas estão praticamente zeradas, não têm como sobreviver. Tem mãe que vive com R$ 150 para cuidar de quatro filhos”, expõe.
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