A audiência pública da Campanha da Fraternidade 2023 discute forma de combate à fome e à pobreza, nesta quarta-feira, 29, às 19h30, na Câmara de Vereadores. A iniciativa, aberta para a comunidade, é do Conselho de Leitos da Diocese da Igreja Católica em Foz do Iguaçu.
A campanha da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aborda a fome em um contexto em que o país retorna aos mapas oficiais com pessoas sem comida no prato. São mais de 30 milhões de brasileiros, conforme estimativas do ano passado do governo e de organismos internacionais.
O coordenador do Conselho de Leigos, Paulo Batista, foi entrevistado no programa Marco Zero. Ele falou sobre a mobilização cidadã e o papel do poder público no enfrentamento da miséria e convidou para a audiência pública no Legislativo.
Assista à entrevista:
Abordou a temática a partir da perspectiva cristã, foco da Campanha da Fraternidade. “É preciso resgatar os valores e princípios da caridade e da partilha. Vivemos em uma sociedade onde tudo é meu, que muitas vezes nos impede de enxergar os invisíveis”, declarou Paulo, questionando o individualismo.
Durante o Marco Zero, ele também apontou as contradições sociais e da história brasileira, que engendram fome ao longo dos tempos. Trata-se de problema antigo, presente em momentos como na transição da monarquia para a república, e atrela-se à conjuntura de miséria, desemprego e desmando das elites agrárias, permanecendo na atualidade.
“O Brasil tem alimentos suficientes para alimentar toda a sua população”, enfatizou Paulo Batista. “No entanto, os números, como o texto-base da Campanha da Fraternidade mostra, temos pessoas que estão vivendo em insegurança alimentar ou fome”, concluiu.
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