Agosto Lilás: Patrulha Maria da Penha ajuda mulheres a romper ciclo de violência em Foz

Unidade atendeu a 822 ocorrências e fiscalizou mais de sete mil medidas protetivas só no primeiro semestre.

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Unidade atendeu a 822 ocorrências e fiscalizou mais de sete mil medidas protetivas só no primeiro semestre.

Apenas no primeiro semestre deste ano, a Patrulha Maria da Penha atendeu a 822 ocorrências e fiscalizou mais de sete mil medidas protetivas em Foz do Iguaçu. Os números refletem o esforço diário desse trabalho que se soma à rede de proteção local no enfrentamento da violência contra a mulher.

Ao programa Marco Zero, produção do H2FOZ e da Rádio Clube FM, Iraci Pereira, coordenadora da Patrulha Maria da Penha, detalha como é desenvolvido esse serviço e orienta sobre os canais para pedido de ajuda, denúncia e informação. A entrevista foi realizada no contexto do Agosto Lilás, mobilização pelo fim da violência de gênero.

Assista à entrevista:

A patrulha foi criada com o objetivo específico de fiscalizar as medidas protetivas de urgência, que são aquelas em que o juiz determina que o agressor permaneça afastado da vítima. Essas atribuições foram ampliadas, com a adoção de novos protocolos, explicou Iraci.

O Marco Zero é um programa conjunto produzido pelo H2FOZ e Rádio Clube FM. Entrevista, opinião, enquete, entretenimento, esporte, cultura e agenda. Todo sábado, das 10h às 12h. Participe do grupo no Whatsapp para receber as novidades.  https://bit.ly/3ws5NT0

“Nosso trabalho começa após a denúncia dessa mulher e que o juiz autoriza a medida protetiva”, explica. “Em seis anos, a Patrulha Maria da Penha totaliza mais de cinco mil mulheres atendidas. Notamos que é uma ação que faz a diferença para mulheres que precisam de uma força judicial e policial para se sentirem seguras”, completa.

Ocorrências da Patrulha Maria da Penha de 2018 ao primeiro semestre de 2021 (*):

2018 **
Ocorrências atendidas: 508
Fiscalização de medidas protetivas: 4.634

2019
Ocorrências atendidas: 1.384
Fiscalização de medidas protetivas: 11.901

2020
Ocorrências atendidas: 1.588
Fiscalização de medidas protetivas: 15.811

2021 (primeiro semestre)
Ocorrências atendidas: 822
Fiscalização de medidas protetivas: 7.098

Ampliação dos serviços

A servidora pública explica que a patrulha também faz o acompanhamento de 28 mulheres iguaçuenses que utilizam o botão do pânico. Esse dispositivo permite o acionamento do serviço de proteção vinculado à Guarda Municipal de Foz do Iguaçu.

Outra atribuição é o monitoramento eletrônico de agressores. “Quando o autor da agressão tem a tornozeleira eletrônica por conta de violência doméstica, a patrulha recebe o sinal de alerta caso ele descumpra a medida de não aproximação”, informa.

“Assim, conseguimos enviar uma viatura, entrar em contato com a vítima, saber o local do agressor”, relata. Outra intervenção direta aos agressores de mulheres da Patrulha Maria da Penha relaciona-se ao afastamento do lar.

“Nos casos de prisão em flagrante e que o agressor vive com a vítima, é a patrulha que conduz o seu afastamento do lar e o acompanha até a residência para que ele retire os pertences pessoais”, detalha Iraci Pereira.

Para manter esse serviço, a Patrulha Maria da Penha dispõe de 11 componentes e atua das 7h à meia-noite. São três turnos diários, com uma equipe pela manhã e outra à tarde, além de duas equipes operacionais no período noturno.

Romper o ciclo de violência

De acordo com a coordenadora da patrulha, são realizadas ações de conscientização e informativas para encorajar as mulheres vítimas de violência a formalizar a denúncia. Nesses contatos, também é demonstrado que existem serviços para fortalecer e amparar quem sofre agressões.

“Explicamos que existe o fortalecimento dessas mulheres após a denúncia feita e que há uma rede de proteção a ela”, sublinha. “Buscamos encorajar as mulheres a fazer a denúncia e romper com o ciclo de violência, que elas não ficarão sozinhas após denunciar seus agressores”, pontua Iraci Pereira.

Canais de denúncia e orientação

Denúncia: 180 (telefone nacional que pode ser usado pela vítima ou outra pessoa que tenha os dados da vítima, sem necessidade de identificação do denunciante)

Momento da agressão: 153 (Guarda Municipal) ou 190 (Polícia Militar do Paraná)

WhatsApp de orientação da Patrulha Maria da Penha: (45) 98401-6287

* Fonte: Patrulha Maria da Penha
** As ocorrências totais do ano de 2018 carecem dos dados referentes aos meses de janeiro e fevereiro, pois não há registro do período. Pelo mesmo motivo, os dados sobre a fiscalização de medidas protetivas de 2018 carecem da quantidade de visitas feitas no mês de janeiro.

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