
A diretoria paraguaia de Itaipu divulgou, na última segunda-feira (3), imagens do avistamento de um grande mamífero, uma anta, nadando nas águas do reservatório da hidrelétrica.
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O vídeo, registrado por Marcia Gómez, mostra um exemplar adulto de Tapirus terrestris em uma área próxima à margem no Paraguai. Para segurança do animal, não há informação sobre o local exato da filmagem.
🌿En el Día Mundial de la Vida Silvestre, que se conmemora hoy 3 de marzo, compartimos el avistamiento de un tapir (𝘛𝘢𝘱𝘪𝘳𝘶𝘴 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘦𝘴𝘵𝘳𝘪𝘴) en el embalse de ITAIPU. Esta especie está clasificada como amenazada de extinción debido a la destrucción de su hábitat y la… pic.twitter.com/KRV70o1h8q
— ITAIPU Binacional Py (@itaipuparaguay) March 3, 2025
“Este registro é significativo, pois sublinha a importância das áreas protegidas da binacional, onde a biodiversidade encontra refúgio”, escreve Itaipu na rede social X.
Segundo a hidrelétrica, a anta figura como “uma espécie crucial para o ecossistema, porque participa na dispersão de sementes, promovendo a regeneração dos bosques”.
Entretanto, Itaipu ressalta que a espécie “está classificada como ameaçada de extinção devido à destruição de seu habitat e à caça clandestina”.
Animal onívoro, a anta está presente em grande parte dos biomas brasileiros, mas desapareceu de locais como o Nordeste e partes dos estados do Sul.
No Paraguai, atualmente, a maioria dos avistamentos ocorre na região do Chaco, onde há menos uso do território para atividades agrícolas.
A presença de antas nos refúgios mantidos por Itaipu no Paraguai e no Brasil é entendida como um indicador de boa qualidade do ambiente.
Anta ou tapir?
Brasileiros de todas as partes se referem ao mamífero da espécie Tapirus terrestris como anta, embora também existam nomes regionais, como batuvira. A palavra anta teria origem no árabe, como referência a um tipo de alce.
Nos países vizinhos, o nome mais comum é tapir, derivado de idiomas nativos como o guarani. Não há, contudo, diferenças significativas entre as espécies encontradas no Brasil ou em países como Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia e Venezuela.
A anta pode chegar a 300 quilos e viver mais de três décadas, tendo gestação lenta, com duração superior a um ano e nascimento de apenas um filhote por vez.